terça-feira, 27 de dezembro de 2011

810 - canção de acalanto para floração incandescente

voe brasa e umedeça os meus lábios
pois me queima a sílaba da urgência

o afago desses crepúsculos sem sol
me põe em extravios a alma cansada

voe brasa e faça refrigério no silencio
que nunca mais te espero nas retinas

8 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

belíssimo Assis, belíssimo! que muitas sí
abas de urgências te façam cada vez mais poeta! beijos

Everson Russo disse...

Essa urgência de amar todos temos...abraços de bom dia amigo.

dade amorim disse...

À medida que a vida avança e precisa do amor, mais urgente se torna a necessidade do silêncio, do refrigério.

Beijo, poeta sem medida.

Rejane Martins disse...

das urgências de pois, antes_e florada - florescência, berceuse.

lula eurico disse...

brasa que umedece, crepúsculo sem sol, brasa que faz refrigério...
todas essas flores esbraseadas só acontecem no território da poesia,
nesse "oceano sem água", como já disse outro poeta baiano.


abç fraterno, Poeta.

Adriana Riess Karnal disse...

Assis,
o poema termina com uma saudade, uma nao possibilidade de mais ver no outro a brasa...triste refrigério esse, poesia de alma gelada e palavras ferventes..aliás tuas palavras sao sempre fogosas mesmo na tua sutileza elegantemente disfarçada ;)

Celso Mendes disse...

toada para incandescente floração de poesia.

belo!

abraço.

Jorge Pimenta disse...

impossível. impossível juntar palavras a um poema tão perfeito... brasas a humedecerem lábios, silábas da urgência a arder, afagos de crepúsculos sem so, a espera nas retinas... ufa!!!