sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

848 - suíte tosca para o não dizer da poesia III

o poema não se contenta de absurdos
almeja píncaros, procissão de nuvens
despeja-se neste raso que tudo inunda

o poema não quer sustentação de asas
alado se remói em um sustenido breve
eleva-se na quimera que o silvo produz

12 comentários:

Everson Russo disse...

O poema é o próprio absurdo dos sentimentos,,,com ou sem asas,,,ele voa longe,,,lá no fundo do infinito...abraços de bom final de semana.

Rejane Martins disse...

o poema desbasta em si, basta ao poeta ensimesmado, derrama, desrama.

Ira Buscacio disse...

O poema não cabe em si
o poema não cabe
o poema, não
o poema
Bjs, Assis querido

Anônimo disse...

o poema não quer, mas sabe sempre voar...
beijinho
LauraAlberto

Quintal de Om disse...

o poema é um verso que se atira no abismo de olhos fechados e ainda assim, faz sua revoada magistral aos mínimos detalhes de um olhar mais atento qualquer.

Meu carinho,
Sam

Jorge Pimenta disse...

quantas vezes não é o poeta, de bocas cambadas e jaqueta rota, quem resguarda o poema do frio que a escalada às nuvens lhe colou na pele?... mas não se arrepende; cada verso é uma nova vida.
abraço, amigo-poeta!

Bípede Falante disse...

Procissão de nuvens!!
Vou me tornar mais cristã com essa frase :)
beijoss

Luiza Maciel Nogueira disse...

é bom não se contentar de absurdos para continuar a criar maravilhas poéticas

beijos

Ingrid disse...

o poema teu é puro grito maior..
beijo Assis..

dade amorim disse...

Sustenidos e quimeras, tanta lindeza.

Beijo.

Cris de Souza disse...

almejar píncaros para o manjar alado...

Oria Allyahan disse...

Nada digo da inutilidade da poesia! Nada...

^^