sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

869 - rapsódia insana para olvidos tristes


antigas eram as notas
sons trespassados de olvido
o corpo já não obedecia o ritmo
que se instalava como estio

ofegantes as palavras
umedeciam a saliva

antigas eram as notas
o mistério imaculado no pretérito
quando o sangue era vertigem
e corriam os rios de algaravia 

12 comentários:

Everson Russo disse...

Antigas, mas inesquecíveis notas...abraços de bom final de semana.

Lídia Borges disse...

Este estio pretérito que se pretende presente...

Beijo meu

Celso Mendes disse...

o que se olvida torna-se uma lacuna impreechível na alma.

abraço.

Bípede Falante disse...

Antiga sou eu ainda que me sinta nova :)
Dramático poema, Assis.
beijoss

Luiza Maciel Nogueira disse...

quando a temperatura da pele um flor aumenta - sai poesia

beijos

Unknown disse...

Triste, mas belo!

Antigas notas, palavras ofegantes (lindo, isso); MISTÉRIO IMACULADO no sangue-vertigem!

Show de poema!

Beijo

Mirze

Rejane Martins disse...

...diz que pouco sobra senão arrancar a vida, estufar a veia, estufar a vela.

carla disse...

Um poema triste,mas não deixa de ser belo por causa disso. Adorei o teu espaço e é grande a qualidade que se encontra por aqui. o que eu escrevo não tem nada a ver com o teu trabalho,mas espero que me visites e serás bem vindo,obrigada

Carla Granja

http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt/

dade amorim disse...

Notas antigas e inesquecíveis.

Beijo beijo.

Ira Buscacio disse...

som de violino, Assis!
Bj grande

Jorge Pimenta disse...

antigas são as notas que ecoam no reverso da memória. até o sangue perde a vertigem...
abraço!

dani carrara disse...

algaravia
palavra bonita.