quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

461 - loas para uma cantata de Elomar

não é distante de ver
do desconforto da estrada
o resto de cinza da imagem
mausoléu ao mundaréu
aquele trecho das ingás
vento comeu, murchou
marca de pena da terra
nunca mais foi de vingar
resta o consolo da virgem
no precipício das preces
azulão devolve-me o garbo
leva-me o arredio aziago

20 comentários:

Vanessa Souza disse...

Devolva-me.

Impossível não lembrar da Adriana Calcanhoto cantando.

Cris de Souza disse...

de ler rezando...

beijo!

Néia Lambert disse...

Assis, vc sabe que não é fácil fazer comentário de poesia, pois somente o poeta sabe o que ele diz nas entrelinhas. Digo apenas então que seus poemas são lindos.
Um abraço

Everson Russo disse...

Que nunca estejam em precipicios as preces...abraços de bom dia.

Lau Milesi disse...

Poeta Assis, faço coro com a sua leitora Néia.Mas como você já deve ter notado, comento o que vejo no poema. Sinceramente, morri de rir com o "loas para uma cantada -ops- cantata de Elomar". Um poema para "matusalém".Você é muito inteligente e talentoso. Parabéns!
Um beijo

nina rizzi disse...

leva, leva, leve
e me lave...
leve

Bípede Falante disse...

Pois parece também para uma cantoria do Tom, que senti-me ouvindo o Passarim com esse mundaréu de palavras a se jogarem no precipício dos meus braços.
beijo, Assis :)

Joana Masen disse...

poema sonoro...

Bjos!

Unknown disse...

ASSIS!

Uma loa triste, mas bela, como tudo que escreves.

Beijos, poeta MIL!


Mirze

Zélia Guardiano disse...

Maravilhoso, Assis!
Demais!
Abraço da
Zélia

Anônimo disse...

Assis,

Lindo demais isso :

"resta o consolo da virgem
no precipício das preces"



Bjo

Primeira Pessoa disse...

rapaz,
elomar é o que há...
dizem que entrou pra universal do bispo macedo, sei não...
se entrou, que Deus tenha pena de sua alma...

a música o salvará.

seu poema?
um sinfonia sertaneza.

beijão,

r.

Domingos Barroso disse...

há um blues
ouço um blues
...


forte abraço,
camarada Assis.

Anônimo disse...

Elomar musicaria isso, sem dúvida!

Beijo.

Lívia Azzi disse...

Que assim seja!

;-)

Teté M. Jorge disse...

Em pura anunciação...

Um beijo, poeta.

Eder disse...

o vento comeu... E gostou.

Jorge Pimenta disse...

a dada altura, os lábios soltaram-se da boca e saíram a correr pelas linhas curvas do ritmo. e reave-los? um cabo dos trabalhos.
abraço, amigo poeta!

Marcantonio disse...

Nostálgico, telúrico!

Abração.

dade amorim disse...

Tentando pôr em dia a leitura atrasada, deixo beijo pra você.