segunda-feira, 23 de abril de 2012

928 - prosa rasa de espanto e pertencimento II


na noite que tu vieste fazer vendaval
o mar era puro despertencimento
vagava em corais e desalinhos
e sob as nuvens do céu de abril
as naus intentavam solução de porto

na noite que tu vieste fazer vendaval
eu tinha nos olhos o farol da miragem
o peito se abria em velas ao horizonte
era tanto sal e areia a escorrer na face
que não tive ímpeto de saudar o súbito

11 comentários:

Vais disse...

Assis,
uma boniteza de dar gosto
que estão estas prosas, estas árias e o pequeno retrato

abração pra ti

Everson Russo disse...

E que essa noite seja eterna num vendaval de amor...abraços de bom dia.

Iara Maria Carvalho disse...

a noite se prolonga como o amor.

lindo.

beijosss

Daniela Delias disse...

"Vieste na hora exata, com ares de festa e luas de prata...". Lembra dessa do Ivan Lins?

Lindo,


bjo

Tania regina Contreiras disse...

Teu último verso é, por si, só um poema. Ímpeto para o súbito: tivesse eu! Belo poema, querido!

Beijos,

Joelma B. disse...

no mar da pele, ondas de espanto resgatam sentidos...

beijinho com admiração, mestre Assis!

Anônimo disse...

Arte com sal como se pia batismal.

Excelente!

Beijo

Mirze

Quintal de Om disse...

Essa noite foi um berço, um lençól balançando minhas estripulias nos varais.

Beijo na alma, querido meu,
Sam.

Anônimo disse...

A feição de espanto pode ser a melhor saudação.

Beijo.

dade amorim disse...

Sempre um lindo poema.

Beijo pra você.

Jorge Pimenta disse...

entro no título e asseguro: tudo o que me espanta pertence-me. o mais? apenas noite para os meus vendavais.

abraço!