Neste blog (serão) foram escritos 1001 poemas e mais alguns.
domingo, 31 de janeiro de 2010
111 - Epitáfio
Não quero morrer de uma só morte
Quero uma overdose bela
Uma após a outra em louca sincronia
E que todos os minutos se quedem
Numa agonia de corpos e almas
Até em mim não restar nem sequer
Se eu pudesse assinalar, marcaria este como um dos mais fortes poemas (sinto não ter feito isso desde o início). Há qualquer coisa mágica no tanto dessa morte em camadas. Parabéns!
Ao ler "Epitáfio", ocorre-me a subtileza do lirismo trovadoresco e peninsular quando distingue o "mar alto" do "mar maior". Também eu quero morrer de mil formas nesse mar maior...
Uma morte decente, honrada, direita. Se é de se morrer, que se morra no exagero. E com elegância se produzam epitáfios assim - hiperbólicos. P.S. Nunca pensei dizer tal coisa, mas... Oh! morte bonita, s'ô! Umas duzentas viuvas carpindo sobre esse epitáfio ainda não seria bastante.
9 comentários:
Se eu pudesse assinalar, marcaria este como um dos mais fortes poemas (sinto não ter feito isso desde o início). Há qualquer coisa mágica no tanto dessa morte em camadas. Parabéns!
Morremos a cada instante(?) "numa agonia de corpos e alma". A overdose fica por nossa conta. ;)
Como disse certa vez a Mai -se não estou enganada-, o requinte de suas construções encanta.
Beijos
Entendo... Já que é para se findar, que se faça direito.
Gostei do epitáfio!
A morte sempre há de deixar algo de belo; a eternidade dos gestos (e da palavra).
Abraço,
Aqueus.
Ao ler "Epitáfio", ocorre-me a subtileza do lirismo trovadoresco e peninsular quando distingue o "mar alto" do "mar maior". Também eu quero morrer de mil formas nesse mar maior...
Um abraço!
Ler-te é um soco de prazer literário! Morrer assim tão comum se há uma infinidade de sabores. Sabores de morte, desespero e sabedoria! Abs meu caro.
eu também quero morrer assim, assis, mas com aina outros requintes de poesia e luxúria.
que desfecho. não resta sequer palavra,
mas sim, um cheiro...
Uma morte decente, honrada, direita. Se é de se morrer, que se morra no exagero. E com elegância se produzam epitáfios assim - hiperbólicos.
P.S.
Nunca pensei dizer tal coisa, mas... Oh! morte bonita, s'ô!
Umas duzentas viuvas carpindo sobre esse epitáfio ainda não seria bastante.
Viu, porque és viciante?
cheiro e vida muita!
Uma beleza Assis!
abraço
Gi
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