enviesado olho as vidraças orvalhadas
são lentas no outono as manhãs
são feitos de preguiça os gestos
o silêncio conspira indulgencia e
a tenra sede do corpo evoca cortejo
saliva na pele martírios da madrugada
não há como não se entregar aos eflúvios
e lançar mãos e naus em eterna viagem
11 comentários:
Realmente, Assis! Poema de maior encanto!
Parabéns!
Tenha um lindo dia...
Um abraço
Lindo poema, dá vontade de espreguiçar ao ler esse versos de quietude que ficam só a imaginar o movimento.
Beijo.
Lindo, Assis! Também andei falando de orvalho, de pele... Palavras que tanto instigam aos poetas.
Beijos
Deixar-se ir à viagem é entregar-se a vida, sem receios, entregar-se inteiro... pq se o fluido que nos leva é o da vida...
"...não há como não se entregar aos eflúvios"
bjos a ti poeta
Erikah
Delicioso poema, Assis. Dá vontade de ficar por conta dessa conspiração de indulgências.
Gostei, Assis.
O Outono é tudo isso, mais as cores que me atraem todos os sentido.
abraço
"O Tecido de Outono", do mestre dos afectos Alçada Baptista. Conheces? Vale a pena ser espreitado.
Um abraço, Poeta!
Misericórdia! Que essa tua poesia me deu foi preguiça... Num frio da gôta-serena, o que eu mais queria era a indulgência de um lençol.
Home, tome tento...
cheiro
Que bela manhã de outono. Encantada. :) Abraço!
Foi no mesmo fôlego: ótimo!
"esse mundo é uma viagem
pena eu estar
só de passagem"
leminski
e meu cheiro.
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