Teremos bastantes palavras
Afiadas e sutis como lâminas
E com elas iremos nos cortar
De todas as formas possíveis
Sobre nossos corpos estarão
Essas marcas mais visíveis
Serão nosso orgulho de união
Nosso motivo de maior amor
E quando alguém tomar posse
A nos falar em dessemelhança
Teremos estas peles de abrigo
Já teremos um destino escrito
13 comentários:
ou, de quando se escreve um destino, dois destino... no mapa da pele.
estou de volta, assis.
e quero um abraço seu.
tsc. quero escrever meu destino. eu tenho medo do que ele pode fazer por mim se eu deixo as rédeas soltas. até um astrólogo mineiro me disse uma vez: "poxa, que pena, vc nao tem sorte, mocinha." aí, acho que pra amenizar, ele aremata: "ah, mas tem MUITO encanto".. rsrsrs...
ó, a palavra, é a nossa arma. e o português, essa língua que te leio, é a melhor herança que podiam, ter me deixado os colonizadores.
beijos, assis e eu também quero um abraço seu. e cheiro também! rs..
As únicas tatuagens que autorizo ao meu corpo: aquelas que, com os dedos nus, levantam a pele e se abrigam, mesmo que sem autorização, no peito, bem junto do nome que acalma os ventos e silencia os oceanos.
Um abraço, Poeta!
Lindo, nossa!
Alguns tentam mudar o curso para evitar cicatrizes. Até entenderem que o sol também provoca cicatriz. Até perceberem, ainda, que as cicatrizes forjam as nossas digitais. ;)
Beijos de encanto
As 2 primeiras estrofes trazem uma força incrível. A 1ª é exemplar do verso que corta, tal como diz.
Muito bonito, Assis.
Seu poema cortou-me com brandura.
Beijos,
H.F.
O corte da palavra feito com lamina afiada parece logo depois de cortar cauterizar...como um bisturi eletrico.
A palavra mata sim pelo prazer de obrigar o outro a ter que renascer, eu morro e renasço sempre através das minhas palavras e tb das palavras do outro que sinto como minhas. E se corto-me é por saber o metodo mais certo de ver o sangue estancar depois e pq tb quero mais tarde ostentar as cicatrizes..marcas do que vivi, do que em mim curou, do que me venci no tempo.
Poema perfeito, dá pra snetir de tudo que é jeito.
Meu beijo...de sempre ao menino das palavras
Erikah
Palavras afiadas como lâminas... E como cortam!
Lindo!
Parabéns!
Abraços
Mas as palavras sempre ficam guardadas na memória da pele. Dos amores vividos ao coração dilacerado. Belo, amigo, dorido, todavia.
O dito e o inaudito restam na memória da pele.
bjo
palavras ditas tecem o tempo. e o tempo marca a pele em suas medidas.
beijos.
e vamos as plavras de nós faz réfem ,mas nos oferece um banquete com o que de belo e de dor há, se é para sangrar que seja diante de uma coleção dessas palavras
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