quinta-feira, 1 de abril de 2010

171 - Primeira cantata em dois sóis

Tu me quiseste como poema sem asa
- Entornaste o dia em madrugada -
Para que eu me doasse sem assombro
E me tomaste os olhos de súbito assalto
Até este rosto nítido pairar na escuridão

9 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Ah! A espera... Quem dera, depois do após e realinhadas as órbitas, um sol noutro sol se derramasse e nunca mais escuridão.
A palavra quando não voa, cai por terra e plantada a semente, germina.
Beijo

Lou Vilela disse...

Cantemos em sol!

Bjs

[ rod ] ® disse...

A poesia vive mesmo sem este terno de asa, mesmo que só voe na imaginação sua... há de ser levada por todos! abs meu caro.

Zélia Guardiano disse...

Primeira cantata em dois sóis... Pronto: já temos aí um lindo poema ! Mas, como se não bastasse, você ainda nos presenteia com esses versos lindos, que chegam enfeitando este mês de abril...
Parabéns!!!
Um abraço

Anônimo disse...

Ter tanto para sentir e não poder voar... freios do abismo.

Abraço terno.

nina rizzi disse...

e não para, não para
pará-peito, e paira sob sol
idão.

cheiro, meu rei.

líria porto disse...

há alguma semelhança e coincidêcias em nossos últimos poemas!!

ah - o penúltimo é prosa de mineiro mesmo!

besos

Sylvia Araujo disse...

Mesmo no escuro, daí - pra mim - só vem luz!

beijoca, querido!

Jorge Pimenta disse...

Mesmo sem asa, Assis, o poema há-de voar. E com ele, aquele cujo olhar esteve refém da escuridão. O vigor da palavra sobre os abutres do ser...
Abraço!