Empunho girassóis e alamares
Na rede de tramas que puseste
Entre as promessas a cumprir
Em tantos véus por alimentar
Herdei tronos e tenros pomares
vivos e mortos em tantos lugares
fantasmas que me inquietam e
tangem meus cavalos na solidão
preciso empenhar-me na labuta
abater montes de aveia e feno
dar sorriso aos entes diferentes
acoitar-me com as parcas feras
peleja que não ouso a soçobrar
se num átimo me saltam dentes
9 comentários:
Puro encantamento ler voce.
Me sentí em meio aos fardos de feno, vendo voce labutar...
Difícil não soçobrar perante as tempestades da vida...
Beijos meus!
Uma proeza épica! ;)
Bjs
Na labuta diária, empunhar a espada - poesia.
Ps.: Soçobrei nos seus contos, não quis voltar, lindos!
Assis
Quando penso que já não posso me encantar contigo, mais do que já me encantei, constato que ainda posso... Sempre!
Parabéns!
Um abraço
A força do enlace e do gesto.
Teu poema me lembrou Dom Quixote e os moinhos de vento...E na dureza, ao prenhe de sonhos, vale o sonhar.
bjocheiro
a plena consciência do que há a fazer... e a frágil certeza de o conseguir fazer. Dilema anafórico que dá sentido às dialéticas do ser.
Um abraço!
E apesar dos esteios - avante!
beijo, Assis
Excelente canção de gesta, Assis.
assis, lembra das notas capitais: "não odeor melhor que o cheiro de cavalos"? pois é... amo-os. tanto que d'uma feita um poeta me escreveu:
"uma mulher que ama cavalos é uma musa cruel... rsrsrs...
cheiro d'égua, uai.
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