Estou hoje obtuso como rio sem margem
Desorientado no seu leito vagar
Apoiado apenas no singelo horizonte
No traço tênue, quase invisível
Onde se perdem os lírios enamorados
Estou hoje decididamente vadio de vazios
E o que corre no meu corpo não é sangue
Há somente ar inflando-me como solidão
21 comentários:
Vadio de vazios.
Dolorido-dolorido.
"Solidão" prenhe. ;)
Bjs
É melancólico... mas confesso que eu também me sinto assim hoje!
Um beijo.
hoje,
há mais que rio
no leito do seu olhar
me dizendo das marés sem voltas
das margens sem dono
dos estranhamentos
que tanta solidão trás.
Abraços, flores e estrelas...
Essa solidão que consome e devora...abraços de bom domingo.
A atroz solidão. Desde que acompanho o seu blog este terá sido talvez o que mais gostei. Abraço.
vazio vazante
[em uma alma vasta]
...
forte abraço,
irmão Assis.
Ei, Assis,
lembrei uma música do Biquini Cavadão :)
um pedacinho
"Vento, ventania
Me leve prá onde
Nasce a chuva
Prá lá de onde
O vento faz a curva...
Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos...
Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero juntar-me a você
E carregar
Os balões pro mar
Quero enrolar
As pipas nos fios
Mandar meus beijos
Pelo ar..."
Carnaval arretado procê
beijo
O tudo preenchido por nada, resta a linha do horizonte para segurar-se. É triste, Assis, bastante.
É assim mesmo.
Quando vc menos se dá conta alguém acaba com a sua solidão e nasce o sol mais lindo no horizonte.
Que te venham muitos belos horizontes, Assis!
Beijos!
perfeito!..
são dias de vento,sem rumo..
beijo
Poeta
Vazio de tudo cheio de nada...apenas tempo.
Deixo um beijo
Sonhadora
Esse vazio somente um amor preenche...
Bjos achocolatados
De que valeria uma boa companhia se não soubéssemos ser bons companheiros da solidão?
Beijo
Ai, sem como é...Mas não sei dizer assim, e assim dito, não é que até parece bonito o que entristece????
beijos, Assis
E quando solidão corre nas veias,
o sangue se esconde nas sombras do vazio. O buraco na alma fica frio
como se sobrasse apenas chuva despencada da visão.
Belos seus versos. Belo poema.
No domingo a gente se sente assim mesmo,
"Sinto que meu domingo fica azedo,
Sim, todo domingo eu sinto medo"
(Andrea Dias)
Abraço!
Ai, solidão que inflama!
ASSIS!
Vadiar nos vazios, já obtuso como rio sem margem. Lindo demais!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
quem me dera dos meus vazios levantar tão grande voo!
"ar inflando-me como solidão" verdadeira imagem de um dia só
beijo
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