Neste blog (serão) foram escritos 1001 poemas e mais alguns.
quinta-feira, 17 de março de 2011
525 - sonata no deserto de apreço e comiseração
Os teus móveis me fitam estáticos
Eles já foram movimento e agonia
Sorriam-se entre um passar e outro
Eram cúmplices das nossas orgias
Entre o sofá e tua espreguiçadeira
Corre-me o vazio de mesa e cadeira
Tudo dorme neste silencio de abajur
há fantasmas por todos os cômodos gritando aos meus ouvidos teus sussuros desgovernados meus gemidos são ouvidos atravessando a parede do quarto são impressões que os sentidos guardaram além do tempo.
Ouço alguns móveis antigos meus rangerem, Assis, arrastados por emoções a flutuarem sem casa definida na memória, que cochila e sonha "neste silêncio de abajur",
25 comentários:
Magnífico, querido Assis!
Fez-me pensar em começo, meio e fim...
Demais!
Abraço apertado.
Silencio e inercia pela ausencia...pelo vazio da saudade...belissimo..abraços de bom dia.
Na vida tudo começa e termina... Há que aproveitar o durante.
Beijo
há fantasmas por todos os cômodos
gritando aos meus ouvidos
teus sussuros desgovernados
meus gemidos são ouvidos
atravessando a parede do quarto
são impressões que os sentidos
guardaram além do tempo.
Abraços, flores e estrelas...
Muito bom! Abraço.
De primeira, Assis! E adorei o silêncio de bajour...
Beijos,
Perfeito Assis!
Um abraço
Se os móveis falassem...
Abraço
Embora chamados "móveis", tantos permanecem fixos, embutidos em alguma parede da memória...
Abraço.
que miragem!
beijo, mestre.
De como o quotidiano se faz poesia.
E o vazio "de mesa e cadeira" se enche de bem-dizer.
Um beijo
"Faço meus poemas sobre um vazio, o meu vazio... É a ausência que me excita." (Rubem Alves)
Tudo acorda na presença...
Beijo!
So o silêncio agora cúmplice...!
grande abraço!
No silêncio do abajur dorme a Luz!
Beijinho, Assis!
celebrar..
beijos querido Assis
Até bocejei.
:)
Até bocejei.
:)
Ouço alguns móveis antigos meus rangerem, Assis, arrastados por emoções a flutuarem sem casa definida na memória, que cochila e sonha "neste silêncio de abajur",
Abraço
há silêncios que matam. já o silêncio trajando o tempo é a própria morte.
abraço!
À lá Moska e seu "cheio de vazio"
'ainda tem o seu perfume pela casa, ainda tem você na sala...'
móveis imóveis que emudecem a alma
lindo poema, assis!
beijo
quando as coisas nos tornam íntimas
beijos
Em tudo há memórias e silêncios.
O silêncio do abajur Impressiona;
Belíssimo!
Beijos
R
Postar um comentário