Eu vos saúdo, imorredoura sonolencia das horas
Sobre ti acumulo o fardo de redes em tempestade
Sobre ti lanço armadilhas para colheita dos ventos
Os peixes já não habitam esta sala onde adormeço
Eu vos saúdo pois a ti devoto este ócio de maresia
Esta incessante navalha que corta feito leme torto
Que singra as vagas em busca de oferenda do céu
Eu vos saúdo pois a tudo acolho neste abraço ateu
Eu vos saúdo, imorredoura sonolencia das horas
Já desenhei nesta tarde os epitáfios dos girassóis
Os moinhos gemem com as águas que se acoitam
Aqui balouça o coração, rasga-me o peito e extirpa
21 comentários:
Assis, meu querido!
Chegaste ao número 531.
Passaste, já, da metade do caminho, e seus versos vão num crescendo de lindeza, sempre mais, sempre mais, sempre mais...
"Eu vos saúdo , imorredoura sonolência das horas"
Pronto: para que falar mais?
Abraço da
Zélia
Em tempo: louvar o Covo, como não fazê-lo?
Parabéns!
saudar a sonolência das horas é coisa de sábios meu caro Assis, me faz lembrar Quintana: "A eternidade é a insônia do tempo".
E nessa sonolencia,,,grandes passagens da vida...abraços de bom dia.
Do teu peito rasgado só poesia saíria, aposto.
Cada vez que te leio , mergulho em águas profundas de deleite.
Beijo
Que não seja breve a eternidade
...
forte abraço,
irmão Assis.
vai escrever bem assim lá na bahia...
bom dia, mestre!
(naquele caso: cor de folha seca)
Ou estou muito sensível, ou hoje vc acabou comigo aqui, no bom sentido, rs.
Forte demais, como aquela onda que nos derruba e a gente não sabe para onde é a areia, para onde é o céu.
Beijo.
Caramba, agora vou ter que dedicar um tempão de meu ócio na leitura dos 530 textos anteriores. Magnífico poema!
Segui-lo-ei até o milésimo primeiro.
Abraço!
um dos mais belos destes ultimos tempos. na verdade é quase uma eresia apontar quaisquer deles. mnha admração pelo poeta já ultrapassou o teto do poema!
beijo
Insone, a palavra acorda-nos
É o despertar de tudo que se movimenta em nós.
Desejos, anseios, frustações , intensidades...
A palavra nega a inercia,
luta, desconcerta, vira e mexe.
A palavra faz acontecer.
Vive mais e melhor quem escreve.
Bjos ao menino
Erikah
... e eu vos saúdo, Poeta dos Girrassóis...Hoje fiz outro caminho, te li no FB e voltei para cá!
Beijos,
"imorredoura sonolencia das horas"
esses versos para minha porta, porque tudo em mim e essa "imorredoura sonolencia das horas"
ASSIS!
Salve poeta, que tão bem retratou a imorredoura sonolência das horas!
Beijo
Mirze
ASSIS!
Salve poeta, que tão bem retratou a imorredoura sonolência das horas!
Beijo
Mirze
E na sonolência das horas, vamos vendi a vida passar lentamente, como uma preguiça gigante.
Abraço
Ócio de maresia? Tédio maior não ha! Até isso fica belo em tuas palavras.
(a)teu
(de)voto
Abraço meu
Eu vos saúdo pois a ti devoto este ócio de maresia
Esta incessante navalha que corta feito leme torto
Que singra as vagas em busca de oferenda do céu
Eu vos saúdo pois a tudo acolho neste abraço ateu
Demais da conta, Assis.
Beijo de admiração.
Tarararararara, tarararararara,
num suspiro agradecido! :)
Fiquei sem chão!
Teus poemas fazem isso com a gente...
Deixo um beijo,
"Sobre ti acumulo o fardo de redes em tempestade"
pura emoção cada palavras em cada verso..
ler e reler .. e voltar a ler..
beijo Assis.
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