domingo, 6 de novembro de 2011

759 - poema para lençóis numa estação de cansaço

não sei em qual distancia me aconteces
um canto torto, um varal de incoerências
tudo vira amiúde manjar para um repasto
cada palavra de silencio que em si goteja
cada trespassar na alma de sutil alvoroço
não sei em qual distancia me aconteces
todavia rumo em pretéritos para teu lado
abraço esse estar etéreo que me edificas
sei que por teus olhos há de vir primavera

16 comentários:

Nicast disse...

lindo...

Tania regina Contreiras disse...

Amém, amém, porque - você sabe - teus versos já são mesmo minha prece matutina.

beijos,

Joelma B. disse...

Hoje acordei ao canto de sabiá... me senti como se todas as distâncias estivessem próximas... é um belo bom dia este, não?

Beijinho com admiração e tenha um ótimo domingo, poeta Assis!

AC disse...

Os guerreiros carecem de sentir, ao longe, a sua recompensa.

Abraço

Teté M. Jorge disse...

Só o título já emudece... que belo!!!

Beijos.

Ribeiro Pedreira disse...

a distância entre a primavera e o olhar que o silêncio abraça. a distância que edifica. acontecer é que é bom.

Unknown disse...

"não sei em qual distância me aconteces"

Maravilha!

Beijo

Mirze

Adriana Godoy disse...

Acompanho seus poéticos números e me encanto com cada um deles. Bonito, Assis, ali´s, todos muito bons. Beijo

Everson Russo disse...

Sonho perfeito em brancos lençóis de esperanças...abraços de boa semana.

Daniela Delias disse...

É bonito demais...e o último verso é de uma esperança...
Tão bonito, Assis!
Um bjo

dani carrara disse...

"cada palavra de silencio que em si goteja"

gotejo é música. mas o ruído de passar as páginas de um livro com as mãos, foi o que veio na cabeça qdo li isso...


lindo, sempre.

bjo

Adriana Riess Karnal disse...

Assis,
os últimos tem sido os mais belos...será a primavera?

Andrea de Godoy Neto disse...

Assis, que beleza!

me lembrou guimarães rosa, numa frase que li ainda hoje postada por alguém, sobre já estarmos na estrada do amor, dede que não perguntemos a direção e que a porta do amor, na qual na se chama nem se bate, está mais à frente em qualquer lugar do caminho...mais ou menos isso...rs

que venham os olhos que trarão a primavera! que venham no caminho de todos que os pressentem

beijo, poeta!

dade amorim disse...

Poema que e música, música que é poema.

Beijo.

Roberta disse...

"não sei em qual distancia me aconteces"

a ser repetido como um mantra, uma exortação, um desejo que a distância não retira. uma existência nesse edificar a primavera.

Bípede Falante disse...

flori :)