a encruzilhada vazou-me de infortúnios
foi no retiro das águas que me fiz barro
ouvi dos pássaros os assovios fortuitos
assim ganhei uma plumagem de nuvens
mas ainda trago o sibilo do teu veneno
por isso me decomponho nas alvoradas
e armo laço na vereda do desassossego
quem sabe me salve o brilho do arrebol
do corte seco no silencio da foice insana
7 comentários:
Um voo ao infinito da alma...abraços de bom dia.
como consegues dizer tanta coisa em tão poucas palavras, Assis?
por vezes penso se realmente existes: pessoa ou poeta?
muito feliz 2012.
M.
O que os pássaros anunciam tem tudo a ver com o arrebol. Sim, quem sabe?
Beijo e um dia de luz, ainda que a chuva (ao menos aqui) não pare.
Essa plumagem de nuvens deve ter caído como asas dos anjos de Rilke.
Cuidado com essa foice!
Beijo
Mirze
De um lirismo estonteante...
Abç fraterno
esse arrebol é todo poesia :) ! beijos
Tua verve é inspiradora!!
Beijinho com admiração, poeta Assis!
novo blogue: http://transfiguracoes.blogspot.com/
Te espero!
Postar um comentário