quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

825 - suíte burlesca para o repentino dos olhos


não há movimento que perdure
eu capto as instancias
ora à esquerda, ora à direita
num lento fluir de imagens
o vulto vem em fragrâncias
como se o aroma antecedesse
somente depois constato o eis
e ali está o quadro emoldurado
seja o pasto líquido de nenúfares
seja a senhora e a chávena de chá
seja o assombro da nuvem apascentada

11 comentários:

Everson Russo disse...

Aroma de poesia de amor...abraços de bom dia.

Luiza Maciel Nogueira disse...

de suavidade e aromas, poema sensorial. quase um salto dentro da paisagem. beijos

Ben Magno (Sr. Borges) disse...

Sussurros para o trépido bailarino de Degas, ou seria de Lautrec? Num picadeiro, duas fatias de limão com chá de ervas. Gnose verbal!

Mulher na Polícia disse...

Ola...

"Nao ha movimentos que perdurem..."
Exceto aqueles imortalizados pelo poeta.
: )

Beijo.

dade amorim disse...

Muito bom é o lado sensorial de teus poemas.

Beijo beijo.

Vais disse...

O vulto mesmo dá a sensação de brisa de etéreo esvoaçante um sopro lento e nuvens de fragrâncias no ar e depois eis o mergulho nas imagens palpáveis

muito bonito, Assis

beijo

Rejane Martins disse...

_sobre_tua_poesia_em_corpo_e_alma_

Celso Mendes disse...

o universo é cinético, não conhece a paralisia das coisas; bem assim, como tua poesia.

abraço.

Bípede Falante disse...

você tem nuvens que me surpreendem...

Jorge Pimenta disse...

há movimento que perdure, sim... no breve instante da sua própria criação. para quê desejar mais?...
abraço, amigo-poeta!

Ingrid disse...

a eternidade nos versos e nas telas.. teus olhares eternos..
beijos Assis..