segunda-feira, 19 de março de 2012

893 - canção ligeira para incitar argonautas


não há dia que eu não almeje um mar
olho para os mandacarus da caatinga
e há tanto verde para incitar as vistas

pelo chão brotam conchas na vereda
mergulham em vagas os camaleões
até os pássaros se arribam gaivotas

não há dia que eu não almeje um mar
no inerte balanço de rede na varanda
e aquele horizonte latejando de naus

15 comentários:

Anônimo disse...

não há dia que eu não pense partir: e parto ficando

beijinho

lula eurico disse...

Esse foi profundo.
Decerto temos todos essa saudade de argonauta, lá no fundo da alma, um "mar, salgado mar..."

Everson Russo disse...

Um mar de emoções,,,de sensações,,,profundo e misterioso como a vida...abraços de boa semana.

Vais disse...

ai, que vontade que dá um mar

beijinho

Unknown disse...

Aquele horizonte latejando naus, matou!

Beijo

Mirze

Marcantonio disse...

Assis, esse poema é belíssimo! Tanto que já foi mar e nem sabemos!

Canção de evasões aventureiras, mas contrapontística àquelas de entradas e bandeiras.

Grande abraço!

Adriana Godoy disse...

Assis, não há dia que não queiramos sua poesia.

Beijo

Cris de Souza disse...

vem pra cá remar...

beijão, mestre!

Luiza Maciel Nogueira disse...

o mar, ai o mar - "quanto do seu sal não são lágrimas de Portugal?"! mais que belo, um sonho de poema. Beijos

na vinha do verso disse...

que bela miragem poética!

quero saber o que vai ser da gente depois que chegar o 1001...

evoé mago Assis

Lídia Borges disse...

E a viagem? Para quando?
Esta poesia não desiste de encontrar o Velocíno de Ouro.

Porém, uma rede a baloiçar na varanda é já tanto.

Um beijo

dade amorim disse...

Não há dia em que não se deseje o mar completando a vida.
Esse é demais, Assis.

Daniela Delias disse...

Eu também...não há dia que eu não almeje um mar!

Tão bonito, tão bonito...

Bj

Jorge Pimenta disse...

ires e [não] voltares...
destino de marinheiro. castigo de mar. dúvida de cada maré.

abraço!

Andrea de Godoy Neto disse...

ah, Assis, o mar... também não há dia que eu não almeje o mar, apesar da lonjura...

belo belo

beijo