As muitas malas que carrego
São destroços destas caminhadas
Não me vem com peso
Estão içadas por altas alças
Não cansam de ilusão e
Carregam muitas fomes,
A sede e o deserto das horas
Carregam tanto o que não havia
Que não me cabe em recordação
7 comentários:
direto do livro das escritoras suicidas (que em algumas semanas te segue, tá travado nos correios e não consigo localizar), em primeira mão, pra ocê:
a valise
nina rizzi
se, esquerdatária, vivo tanto seca
posso vender qualquer coisa
pra que não sucumba, oh dona de adversidades.
uma faca de passar manteiga
- a espessa gordura que me cobre,
me serve de chave, burra, nos pulsos.
se, vivo de (me) ver-dura,
quedo horrorizada antes as carnes mortas.
é nos entretantos, os mais sutis, que me escamo-teio.
*
e num é que tem aquilo de bolsa internete? e é bom mesmo vc dar um jeito, a ideia é sua ;)
rsrsrs...
Assis, num sei, mas hoje eu tou mais alegrinha. deve ser aquela canção.
uma manchei(r)a daquelas pétalas procê :)
O que caberia na mala - alma - do poeta?
Lindo poema!
Muito bom o poema,
meu caro.
Um abraço.
"Carregam muitas fomes,
A sede e o deserto das horas
Carregam tanto o que não havia
Que não me cabe em recordação "
Daqueles que nos fazem suspirar...
Bjs
Está ganhando em melodia. Outro dos bons.
Música e letra, que cheguem em malas repletas.
Abraços
quando leio poemas assim fico com vergonha das coisinhas que escrevo e chamo de verosos
Postar um comentário