quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

122 - Poema sujo de barro

Desde muito que te venho
E nada sei destas vindas
Que empalidecem este ser

Lido com estradas, estrumes
Condeno-me a vórtices
ao império das agruras

Tenho hábitos de soslaio
assistir gretas e grutas
Ser retirante e inquilino

Acalento postais febris
Dou destino ao desatino
E não findo neste infindo

9 comentários:

O Neto do Herculano disse...

Belas imagens
nesse
poema sujo.

Wilson Guanais disse...

abraço Poeta.

sempre passo aqui.

nina rizzi disse...

caralho, macho, isso tá sujo é sentidos tudos. e a arte, camarada, é o que faz bem sentir aos sentidos tudos. do social ao hermético ao metafórico ao metafísico ao belobleo, belo e sublime.

um beijo e um cheiro.

Cristiano Contreiras disse...

Intenso espaço seu, gostei do conceito e da abordagem! parabens, sigo!

Sueli Maia (Mai) disse...

E, nos entrares e saíres, entre as idas e vindas, em meio aos licores e o brinde, a mais pura energia!
Eu vi o Belo e o sopro de um segundo infinito.
É bom demais morrer assim.
suspiros, poeta.

... disse...

E não finda neste infindo toda a contemplação que só a poesia pode nos trazer. Belos versos!

Um abraço,
mR.

Anônimo disse...

É incrível as reviravoltas da vida,
das brigas, das investidas
e das suas palavras.

Adorei!

Beijos.

lisa disse...

e o que sabemos das vindas, sempre voltamos na expectativa de mudanças. Adorei o poema!

líria porto disse...

de barro viemos, ao barro retornaremos... enquanto isso, vivemos de greta em gruta...
besos