domingo, 7 de fevereiro de 2010

118 - Poema em dó maior sustenido

(para fagote e corn inglês)

Tenho mãos famintas
De bolinar formigas
E adornar estranhezas
Na face casta os olhos
São dois vaga-lumes
Que espreitam a
Mansidão das violetas

7 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Coisa mais linda isto, Assis. Quanta perfeição!
Meu Deus! Já disse mil e uma vezes - você me emociona. Li ouvindo um concerto de Bach.
Caramba! Epifânias em profusão.
Tens uma nascente poética.

Sueli Maia (Mai) disse...

Esse eu gostaria de guardar - pode ser?
Um abraço e um sorriso.

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Assis,
Mãos famintas, olhos de vaga-lumes, mansidão das violetas: poeta sustenido em dós maiores tu és...

Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.

Gerana Damulakis disse...

Metáforas belas e fortes.

líria porto disse...

"de bolinar formigas e adornar estranhezas" bem eu queria minhas mãos assim!
besos

nina rizzi disse...

maõs irmãs do pantenense de barros.
a propósito, minha gaita está afinada em dó, hoje.

um cheiro, e uns ciscos.

ErikaH Azzevedo disse...

Lembrei do Manoel de Barros...o meu velhinho tão sábio que me ensinou a ver tanta beleza na simplicidade das coisas, como vejo agora nesse teu poema.
Será q tu o conheces? hein?

Bjos

Erikah