quando uma sede me continha
de içar velas fui à procela
vaguei entre ausências
até o horizonte dissipar
deitei na proa de tantos astros
que os olhos perderam a órbita
quando uma sede me continha
de içar velas fui à procela
e era de risco o anelo
de ti a bússola que ousei ansiar
10 comentários:
Sede de navegar a vida...de ancorar apenas no porto chamado amor...abraços de bom dia.
O mar está feliz! Uma ode assim, cheia de riscos e ânsias, ele procela-se.
Beijo
Mirze
São nas procelas que lembramos dos azuis, do sol, das estrelas.
abraço.
'deitado na proa dos astros',
não se sente nenhum vento, nenhuma brisa
que as velas enjeitem.
abraço
Tenho para mim que num blogue são importantes os comentários, pelo menos eu gosto de os sentir no meu espaço. Tudo isto para lhe dizer que, embora passe por aqui quase diariamente, nem sempre é fácil comentar um poeta da sua qualidade, na maior parte das vezes limito-me a sentir o eco das suas palavras. Facto que vivamente lhe agradeço.
Abraço
Fragmento bonito, Assis, ainda que tosco, bonito, na verdade, um mistério
beijo pra ti
lembrei-me de um poeminha meu que não chega aos pés do teu:
sede de ser-te
o centro benigno
e toda órbita
do teu signo
beijo, mestre maior!
as procelas da ausência; a bússola mora nos olhares sombrios de ninfas de além-cabo. adamastor que o diga...
abraço, assis!
olhar o infinito em fragmentos nos teus versos..
beijos perfumados querido..
Postar um comentário