sábado, 26 de novembro de 2011

779 - a poesia é o silencio engravidando sílabas IV

o teu silencio me come as horas
interdita os sentidos
faz correnteza nos meus olhos

o teu silencio me faz rio distraído
atordoado de ribanceiras
debatendo-se em tonta penedia

o teu silencio me põe em ventania
corrói os metais das artérias
desdenha do que não ouso dizer

12 comentários:

Everson Russo disse...

O silêncio muitas vezes é o grito da alma...abraços de bom sábado.

Fred Caju disse...

A palavra é prata, o silêncio...

Teté M. Jorge disse...

O silêncio às vezes inunda a alma sobremaneira!!!
Um beijo, poeta.

Luiza Maciel Nogueira disse...

esse título é uma maravilha Assis, eu já disse mas repito. Um dos teus melhores títulos!

o silêncio e a palavra são mesmo concomitantes? fico a pensar que por vezes um leva ao outro, do caos e da inquietação que somos.

Beijo

Jorge Pimenta disse...

se as palavras dão vida e podem dar morte, que dizer dos silêncios? [e das bocas que os alimentam?]
forte abraço, poeta!

Unknown disse...

LINDO DEMAIS!

"
"o teu silencio me põe em ventania"

Beijo

Mirze

na vinha do verso disse...

silêncio da ausência é sofrimento, da presença é poesia

abração Assis

Celso Mendes disse...

o que não se ousa dizer realmente pode corroer os metais das artérias.

abraço.

Ingrid disse...

as tuas sílabas são férteis e sempre serão..
e sempre mais que gritam..
beijos..

Gerana Damulakis disse...

Mesmo em "silêncio" sigo seus poemas.Sempre

Anônimo disse...

o silêncio queima mais que mil palavras e as tuas palavras são fogo

abraço

LauraAlberto

Cris de Souza disse...

a tua poesia não desdenho jamais!