sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

827 - suíte burlesca para o repentino dos olhos III

o lume do punhal se atiça em faíscas
corre no fio a sagração do corte
não há nada mais dolorido
que a lamina cega de uma adaga

15 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Ah, Assis, não deve haver mesmo...Dores de desencontros com a carne!

Beijos, poeta!

lula eurico disse...

Faíscas repentinas nos versos do poeta. Adagas, palavras-estiletes. No fio luminoso, a sagração do teu estilo.

Valeu, Poeta, pelo 827!
Abç fra/terno de teu leitor assíduo.
Eurico.

Zélia Guardiano disse...

Realmente! Nada mais dolorido...
Lindo poema, Assis!
Como todos os demais...
Abraço, amigo, grande poeta!

Ben Magno (Sr. Borges) disse...

Um metal fundido às marretadas daquele "artesão" se confunde com o delicado tratamento da jóia por um ourives; composição: ato e objeto.

Bípede Falante disse...

vem um corte à prova de costuras...
beijos

Vais disse...

ai, que dói, cega, vai e vem e vai e vem
também pensei no corte de uma lâmina dentada

beijo, Assis

na vinha do verso disse...

a palavra que corta
opera
para curar

abs assis

Fred Caju disse...

Que corta, que sangra e que deixa cicatriz para que não a esqueça.

Rejane Martins disse...

chaira em cabo de osso a desinflar vazios

Jorge Pimenta disse...

perder o norte...
ganhar o corte...
tocar a morte...
sorte?

Úrsula Avner disse...

quem sabe faz, quem tem sensibilidade verseja... Muito bom poeta. Abraços.

Ingrid disse...

e que dor...incerta que tenta.
beijos poeta

Luiza Maciel Nogueira disse...

laminas cegas atingem uma parteinconsciente e como prever o golpe? beijo

Celso Mendes disse...

"corre no fio a sagração do corte"

que imagem!!!

abraço.

Cris de Souza disse...

Falando assim até acredito...