se me viesses com a tempestade nos olhos
não contaria tua chegada o fervor dos clarins
nem mesmo nuvens desavisadas se ruflariam
se me viesses com a tempestade nos olhos
apenas meu corpo seria cálice para embaraço
apenas minhas mãos se entregariam ao vento
se me viesses com a tempestade nos olhos
restariam a sofreguidão e o descaminho de rio
a ponta vesga desta lamina que cintila no azul
10 comentários:
Olhos de ressaca :)
"sofreguidão e descaminho": belo, mui belo.
Abraço, Assis.
Este título, este verso, já é um poema...tudo sempre tão lindo aqui...
UAU, heim, Assis!!!
lindas as imagens desta estrofe
"se me viesses com a tempestade nos olhos
apenas meu corpo seria cálice para embaraço
apenas minhas mãos se entregariam ao vento"
um abraço
não, a pele não se acostuma com a intensidade de tua voz, Assis... arrepia-se sempre!
Beijinho com encanto!
ASSIS!
Depois de aplaudir cada "suíte burlesca" [belíssimas], vejo uma tempestade nos olhos e o fervor dos clarins, "onde nem mesmo nuvens desavisadas se ruflariam"!
DEMAIS!
Beijo
Mirze
Uma tempestade nos olhos pode lançar os barcos para o naufrágio.
Um beijo
Assis, levantei nuvens com esse poema :)
Que coisa mais linda, guri! Nossa, tempestades assim são vida.
beijoss
A tempestade nos olhos às vezes é um risco maior que aquela no mar.
Beijo, menino.
as tempestades dos olhos a rimar com as lâminas reverberantes de azul...
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