A renúncia é a libertação. Não querer é poder.
Fernando Pessoa
Leio a renúncia do corpo
No jeito de apanhar palavras
Recolher lábios em cada gesto
E fazer amor peça de oratório
Como velasse desejos e minúcias
E gastasse o regalo dos olhos
Com esse maternal calar-se
fitando este vazio imenso,
tão imenso que nem ouso respirar
17 comentários:
maternal calar-se.
minha imagem de maternal é o avesso, rs.
esse vazio imenso que nem ouso respirar. não há nada que eu quisesse dizer mais, sabe...
da epígrafe, lembrei-me do maiakóvski: querer e não querer é sempre a mesma coisa.
um beijo, querido.
caraca, agora que eu vi, belíssimo o poema do marcantonio procê. dá até uma aliviada no respirar, hm?
mais beijos.
Um bom aprendizado pra essa vida...abraços amigo e uma bela semana de poesia e paz.
nada mais espalhafatoso do q um silêncio não querido
o ponto grand finale
muito bom esse poema hein
zédeassis...
pára de colocar poema aqui... pára de postar, pelamor de jesuscristim...
fico pensando em mileum rapidim... mais rapidim quie o "combinado"... e vai me dando um sofrimento, assis... fico sofrendo por antecipação...
ô, a menos que cê prometa que vai abrir outro blog, eu vou começar uma campanha mundial....
assis freitas, manera no parir poesia...rs
cara, sou seu fã.
e cê sabe.
Assis, seus olhos de águia-poeta, leem não só a renúncia, mas a proclamação dos corpos.
Humanos e etéreos.
Belo, poeta!
Beijos
Mirze
Por isso, sempre que desejo, penso em desistir.
Beijo, poeta!
Ah, e fico lendo e relendo seus poemas todo dia... Lindo demais o que escreves, amigo!
olha lá, assis, aqui o nosso roberto, hoje, está a esbanjar as coisas boas porque pensa que se vão acabar (quase como aquele miúdo que segura o gelado (sorvete) sem o lamber, porque não quer que acabe...); assim foi com o domingo, agora com os teus poemas... ena, que o nosso rapaz anda a esquecer-se de que viver é saborear, antes mais... :-)
um abraço!
Rapaz, eu ainda vou por um espelho aqui em frente pra ver a cara que eu faço quando leio as coisas que o Roberto escreve, fico com esse sorriso de bobo na cara. Bobo também estou de ver esse belo poema que você ergueu sob essa epígrafe luminosa!
E você ainda fez um comentário no Diário, com alusão ao Nordeste, que me provocou saudades.
Abração!
A renúncia é arte de olhar, desejar e deixar ser sem ter, libertar.
bj.
alguns não quereres doem..., mas você consegue embelezar tudo com a sua poesia.
Bjs
"E gastasse o regalo dos olhos": primor!
Assis,
A epígrafe e o poema: perfeitos, feitos por quem entende da emenda...
Abraço deste fã do Pessoa e de você,
Pedro Ramúcio.
Cheguei hoje atrasada por aqui, mas cheguei. Ficar sem ler seus versos, nem pensar! Como sempre, coisa de louco, no melhor dos sentidos.!
abraços,
Tânia
assis, juntar fernando pessoa e esses teus versos, chega a ser absurdo..."tão imenso que nem ouso respirar"
fico até emudecida, de tanto que eu gosto!
e o roberto tá mesmo tendo um ataque de sofrimento antecipado, né? eu sou mais de aproveitar tudo o que der hoje...mas, acho bom tu ir aí pensando no próximo blog...e em colocar este aqui em papel.
abraço pra ti
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