de fonte extensa vem a minha sede
perdura sobre as noites de mar
debruça-se aos ventos aziagos
eu colho as intempéries em jejum
e não me atrevo a dispor recordações
corrói-me as laminas como um vício
aquele que abrasei em tuas ilhas
sem nenhum propósito de serventia
16 comentários:
Abrasei em tuas ilhas,,,muito bom ....abraços de bom dia.
belo Assis quando sopra o terral em minhas têmporas me lembra muito um matagal, a terra vermelha, o campo e um momento de reflexão em que estamos só conosco a imaginar.
Um beijo.
Sempre virão as intempéries, mas como tudo na vida, elas também passam.
Abraço
Tantas são as maneiras de falar do amor.
Beijo pra você.
seus poemas me dão impetos de declamá-los, leios algumas vezes em voz alta, tentando achar o tom da declamação, tentando a char o tom do seu sentimento. Isto é verdadeiramente poesia, na sua forma mais provocativa e instigante.
lindo poema!!
bjosss...
e só me alimento em teus versos
me sustento dos inversos
das entempestuosidades do tempo
sou fiel e ventania
sou céu e areia fininha
tempestiando
minha fronte
na sina de me
esmorecer.
Belo, Assis.
Meu carinho.
Muito bom! Abraço.
ASSIS!
Colher as intempéries em jejum....
Maravilha!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
Eu tenho um vício incontrolável com as palavras... uma sede que nunca finda!
Beijo!
...eu colho as intempéries em jejum...
Demais, Assis!
Demais!
Abraço bem forte da
Zélia
E que a sede seja saciada em fonte infinita...beijos achocolatados
há sedes que não se saciam, porque vivem... da própria sede. ah, malditos invernos pluviosos...
abraço, amigo!
Acho que é a melhor forma de viver e de amar: sem nenhum propósito de serventia.
Assis,
a sede de tudo a queimar-nos.
beijos
"Sem nenhum propósito de serventia", então deve ser da mesma natureza que a poesia.
Abraço.
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