acho que foi durante o café conversávamos você disse que há coisas que são incompreensíveis a não ser quando vivenciamos a situação, citou um poema de Brecht, um pequeno conto de Kafka, um trecho de Baudelaire em francês arrastado, eu percebia que enquanto falava as suas mãos buscavam a fumaça do cigarro, aquelas espirais que tão bem sabia fazer, eu tergiversava entre o sim e o hum, hum porque a cena era tão perfeita, parecia saída de um filme noir, o ar tão rarefeito que até hoje me sinto prisioneiro daquela cadeira, bebendo a vertigem de tuas palavras.
19 comentários:
As belas visões que versam na alma nossa de cada dia.
Belo.
Beijo + abraço!
Tudo que já vivenciamos fica guardado na alma...abraços de bom final de semana..
Existem momentos que ficam pra sempre na memória, parabéns.
hum, hum, as interjeições que dizem um quase tudo,
pequenos sinais que revelam possibilidades :)
Já dizia Guimarães Rosa: Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data.
Um beijo, Assis!
Esse clima de filme noir impregnou o texto. Ler quem sabe escrever assim é sempre um imenso prazer...
Abraço!
Poeta
Por vezes guardamos as palavras nas mãos...e as recordações num olhar.
Beijo
Sonhadora
Ah... existem momentos que são atemporais, mesmo.
E nós bebemos a espiral das tuas...
beijinho
momentos que ficam guardados na lembrança, em sinal de esperança
beijos!
Bom demais da conta! =)
"[...] comecei a fumar para te pedir lume.
para passar o frio.
descobri que não viria a morrer
[...],
mal o lume se apagou
e o café fechou as portas. para sempre"
ana salomé
abraço!
ASSIS!
Beber vertigem, dá essas visões de café noir.
Bárbaro!
Beijos
Mirze
filme noir!
excelente!!!
um beijo.
Que intenso momento!
Um abraço.
delicioso de ler Assis.. sabes que me vi lá sentada à tua cadeira..
beijo querido poeta
a sua pena é que me embriaga...
beijo, metapoeta!
Também fiquei presa a momentos assim, um legado e tanto.
Beijo e ótimo fim de semana.
Sensacional!
Brecht, Kafka e Baudelaire, que ataque, hein!
Abração.
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