quanto tu me vinhas de umbuzeiro farto
e postavas mãos cansadas sobre o peito
declinava o sol nas veredas dos baixios
as aves sangravam penas nos assovios
os peixes sucumbiam em águas e estrelas
alguns animais cobriam-se em coito e ritos
cheirava na panela o azedume das carnes
assombrações vinham descansar na rede
e eu vagava em agouro atrás da alvorada
11 comentários:
...Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do corpo num turbilhão
Sopra doido
E o que foi do corpo alado nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas.
(Clã)
Linda canção pra começar bem uma sexta feira, Assis!
Um beijo!
E como ele zune nesta poesia, chego a sentir no rosto a sua frieza.
Beijo
Que esse vento que sopra doido traga essa sensação interior..essa poesia de alma,,,toda essa paisagem,,,bom final de semana...abraços.
"e eu vagava em agouro atrás da alvorada", poema lindo e esses versos finalizam com chave de ouro. Beijo
sempre tão intenso Assis..
me transporto!
beijos poeta.
Eu li uma coisa que talvez não tenhas escrito...
Como são desprotegidos os poemas...
bj
Rossana
e essas imagens nos olhos do leitor - hão de dar asas à imaginação :)
beijos
Teu poema me trouxe saudade...
Beijinho,poeta Assis!
Ainda bem que não para! Ainda bem!
[...]"os peixes sucumbiam em águas e estrelas"
Há nesta sua poesia imagens absolutamente visuais. São palavras desocultam o belo das coisas triviais.
Um beijo
Teu poema me remete a desejos inconfessos, revividos em turbulências eternas. Mas esta é apenas a leitura de uma poeta feita de nostalgia e letras!
Admiração renovada!
Beijos,
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