quarta-feira, 8 de junho de 2011

608 - Sobre as desmedidas da essência de argila e aço IV

IV

A cauda inclina o lagarto
Em sua densidade horizontal
Areja o vagar do rastro na paisagem

A cabeça oscila em desafio
Contrafeito com a sede de músculo
Cai-lhe o verde feito musgo

14 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

E ele se camufla, para sobreviver.
Abraço

Everson Russo disse...

Ele se camufla pela sobrevivencia,,,abraços de bom dia,

Rafael Castellar das Neves disse...

Que visão!!! Muito bem finalizado, inclusive!

[]s

Celso Mendes disse...

Um poema visualizavel. Ainda que tente se camuflar... a poesia deixa rastro.

abraço!

Joelma B. disse...

Bela visão de camaleão, que camufla o dia em poesia...

Adorei o verso final!

Beijinho encantado, poeta Assis!

Bípede Falante disse...

Cai para sufocar. Senti medo. Como se fosse esse musgo um extraterrestre bem verde e sei que parece que estou bricando, mas não estou. Assisti no sábado o Distrito 9 e até agora estou um pouco atormentada com esse filme sobre camarões e homens.
E por que será que estou a falar sobre tudo isso? Deve ser por causa do medo. Me assusta sentir medo, que tenho o vício de não querer tê-lo.
Beijosss

Sandra Gonçalves disse...

camuflado ele segue, sossega, se esconde...Bjos achocolatados

Gustavo Paes disse...

esse poema muda
cada vez que o leio
como a camuflagem
do lagarto

abraço

poesiaainda.blogspot.com

Tania regina Contreiras disse...

Ai, ai...lembro da minha densidade vertical, Assis! Tu é poetaço, mesmo, chega no 608º e a gente chega junto e quer chegar sempre!
Beijos,

Catia Bosso disse...

O musgo dá um toque de frio e vazio... mas é isso que evocas né

bj

Ingrid disse...

caminhar em derradeiro deserto..
e se deixar levar..
beijo Assis

Adriana Godoy disse...

Assis, 608 dos melhores! Beijo

Luiza Maciel Nogueira disse...

sobre desmedidas, seus versos são sempre altíssimos impossíveis de medir a profundidade

beijo!

Cris de Souza disse...

opa! verde feito musgo é bem familiar...