A tarefa de fazer pertencimento ao mundo
É relatada ao corpo pelo contágio do chão
Dizem os sábios que o vento imanta a pele
A brisa por vez molda saliência na têmpora
A chuva nos tragefa pelo olfato e pelo táctil
Quando amanhece faz relâmpago nos olhos
Aflitiva é a frágil noção de desconhecimento
Assim como o mundo fez princípio no verbo
O rebuliço nas palavras empalidece a carne
Solitária ao mar a ponte espera transeuntes
Metáfora que ressoa no abandono desse cais
18 comentários:
é, o mundo em volta nus molda
sua pastagem e lembrança...
um ótimo dia.
bjo
Assis, Assis, que coisa magnífica!
Ah, essa ponte solitária, ao mar, à espera de transeuntes... Não fosse este poema, todo ele, um tesouro, já o seria por causa de um único verso...
Abraço.
Ah, maravilha, Assis!
Essa ponte, solitária, à espera de transeunte...
Lindo demais!
Abraço.
Olá
Sem maiores comentários. Gostei.
AQbraço
Forte e muito profundo...abraços de bom dia.
Forte e muito profundo...abraços de bom dia.
não sei Assis de onde você tira tanta inspiração. Esse florir sem parar é admirável!
Beijos
Urgente é ler suas metáforas para se aprender um pouco de poesia...
abraço!
zé de assis, só esse pedacim...
"Solitária ao mar a ponte espera transeuntes
Metáfora que ressoa no abandono desse cais" valem mais que um poema.
mil e um desses, não sei se meu coração aguenta.
beijao procê, meu prínssupe.
r.
querido,
posso postar algo seu no Reino?
abraços :)
Acertou em cheio no que eu sentia hj a respeito dessa tarefa maluca de pertencimento ao mundo...tão bom quando é o outro que diz da gente...
Lindo poema...
abraço,
Ma
o mundo o chão o vento
um campo magnético atraindo repelindo
subir às nuvens pra fazer relâmpagos nos olhos
este 'Aflitiva é a frágil noção de desconhecimento'
putz, putz, putz
e o mar e a ponte e a metáfora
beijo altamente admirada
Ah, Assis, esse tal pertencimento que nem sempre nos vem...
poema maravilhoso esse, de ler com a respiração em suspenso
beijo
vida plena e frágil..
sem palavras para esse caminhar..
beijos poeta e obrigada sempre pelo carinho no Perfumes.
amigo assis,
tenho andado a gerir a vida com um pé na poesia e outro no resto das coisas, razão por que a minha regularidade está aquém da minha vontade. começo esta tríade pelo número 1 para poder captar as sensações que aqui asperges na sequência que tu próprio nos ofereces. sem urgências e no repentino dos teus passos. até de olhos fechados.
um abraço!
O contágio do chão vai muito além do contágio da desobediência!
beijos :)
Vai fundo.
Beijo
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