Eu te digo, embora não me creias
Que os lilases reverberam mansidão
Que os muros caiados estão propícios
Aos encontros fortuitos dos pardais
Tanta coisa que eu te digo
Mas tu, em santa inocência, não crês
Em meu amor também não crês
Não vês que ele é cristalino e retina
Estão continuamente criando-te imagem
Eu te digo, embora não me creias
E passeias o desencanto nas palavras
Enquanto vives absorta, solene
Semente no simulacro da poesia
21 comentários:
O amor sempre terá dificuldades em acreditar num cristalino caminho...abraços de boa segunda.
que coisa linda de se versar Assis, semente...uau! um dos meus preferidos :)
um beijo
Dificil desacreditar desse amor depois de tão lindas palavras,,,Beijos achocolatados
que bonito...
Bom seria, tirá-la dos versos, e colocá-la na vida.
Abraço
cristalinos, mas tortuosos esses caminhos... há quem tema se afogar a olhos nus. lindo, como sempre. beijos
Assis,
Eu não sei do que mais me impacta: o conteúdo do seus textos ou os títulos! Ambos são excelentes, mas provocam reações quando lidos separados! Ótimo isso!
[]s
O risco de todo poeta é ser mal interpretado...
Beijinho de segunda-feira, poeta Assis!
O mundo está tão esquisito que é difícil mesmo acreditar no amor....
620 porreta! beijo
E eu que creio piamente em tudo o que dizes, Assis!!!
Beijos,
Resina de palavras para nossos olhos também...
Belíssimo.
Abraço!
O poeta ou é cético, ou crê demais.
Sua poesia, de olhos fechados, tateio.
Beijo.
Excelente!
Como num ofício "in" mosteiros.
Beijo
Mirze
Ai, ai...
Bem disse a Daniela - ai, ai.
Que imagens, que palavras, que harmonia, todas em conluio de amor.
Beijo.
não ver ou não enxergar?... triste distração..
beijo querido.
em qual dasa verdades do poeta pode o comum mortal acreditar?
há mentiras mais verdadeiras que a mais cristalina das verdades. porque nem toda a boca o sabe dizer.
um abraço, assis!
Ai, Assis,
vejo duas situações, um início de um amor que não é correspondido ou o fim de um amor que também passa a não correspondido, e nas duas, que triste dela na sua santa inocência ou santa ignorância não crê, não ouve e não vê, e passeia o desencanto, e vive absorta, mas ainda assim, o poeta a tem semente.
Belo e comovente!
beijo
Você diz, e diz certo. Como diz um amigo: diz-pe!
toda musa é ingrata! besos
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