A lâmina não sabe a inconveniência da carne
Desliza o corte até separar em partes
Assim cumpre o rito prescrito do seu ofício
Há sinas de lâmina que se apossam do olhar
Varam de rasgos as noites em ventanias
Nunca se tem o pressentido nem o que virá
15 comentários:
Às vezes, a palavra corta mais fundo que uma arma branca...
Um beijo amoroso, poeta.
Tantas lâminas, tantos rasgos! Ai, quantas cicatrizes, meu querido Assis...
Versos lindíssimos!
Bjs
Lâminas que deslizam na carne e deixam profundas cicatrizes pela vida...abraços de bom feriado.
Carne que conheceu lâmina contrai ao passar pelo facão.
Bjs, Assis querido
que lâmina se amola mais definitiva do que o olhar de pano negro?
abraço, poeta imenso!
E, seguindo um rumo natural, nada se compadece dum rito consumado.
Abraço
Me lembrou a canção que diz: "Eu quero é que esse canto torto, feito faca, corte a carne de vocês"
Abraço!
A leitura é lâmina a retalhar o poema...
Beijinho, poeta Assis!
que se faça em partes
a faca que me arde
nesse coração laminado
iluminado
desalinhado
no meio fio do corte
até me enganar a sorte
e me preditar a morte.
Saudades daqui, Assis querido.
Meu carinho
Samara Bassi
Lindo, Assis!
Lembrei do João Cabral e suas lâminas.
Maravilhoso!
Beijo
Mirze
O olhar pode ser lâmina poderosa, e junto com a palavra pode destruir.
Beijo.
Cortes afiados cortam seu luar
São esfinges incuráveis de situar
AS veredas são cruéis ao o embalo sitiar
bjs
Deu calafrios. Parabéns.
Um dos meus preferidos, Assis, tarefa difícil entre mais de 600 incríveis poemas. Mas a lâmina cumprindo o seu papel aqui na poesia não me deixou ilesa. Formidável!
a lâmina que repousa na palma da mão
inquietante!
Beijo
Laura
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