sábado, 9 de julho de 2011

639 - sobre o pranto da fala em cordel incandescente

amor hoje me assaltaram tuas lembranças
aquela sesmaria do teu corpo me persegue
perambulo bemol, fantasma, dríade e ninfa
aquele fogo que me deste aceso nos anéis
vem das ruas em recitais nas encruzilhadas
afogo-me em etéreo arroio que ainda vaza
faze-me voz para teu verbo, arreio para pés
esculpe em minha fronte tua atroz semente

9 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Pranto que lavará todas as mazelas, meu querido Assis!
Poema encantador...
Tenha um lindo final de semana, amigo, grande poeta!
Abraço

Sueli Maia (Mai) disse...

Arriar, desmantelar-se, e toda desordem diante de um amor.

Bom é que a poesia realiza o ilusório.

lindo demais esse cordel

cheiros

Tania regina Contreiras disse...

vem das ruas em recitais nas encruzilhadas...

Amo essas tuas imagens, Assis...
Beijos,

Everson Russo disse...

Lembranças de amor sempre nos alimentam a alma...abraços de belo sábado pra ti.

Unknown disse...

Assis!

Belíssimas imagens este poema passa.

O amor tem dessas coisas.

Beijo, poeta!

Mirze

Anônimo disse...

Belíssimas metáforas! O corpo do seu poema tem a entrega de que o corpo precisa.

Jorge Pimenta disse...

caro amigo,
desde o título com a sua incandescência, passando por uma saudade não sabendo de quê ou em cujo coração apalpar, eis-me em paridade e eco com o teu texto. hoje escrevi com a tua voz muito antes de te ter lido - e como ela me lava a pele! há coincidências assim.
um abraço, assis-poeta!

Ingrid disse...

lembranças levadas a fogo..
amei Assis!..
beijos querido poeta..

Unknown disse...

Assis,

"Lembrar é viver de novo em plena ausência o fogo e o corpo ausente."

(Anna Amorim)

Belíssimo poema.

Beijos e um início de semana plena de inspirações.

Abraços com saudades.