sexta-feira, 15 de julho de 2011

645 - sobre o conteúdo da fala em corcel enluarado

reparte-me em lança as crinas do peito
a luz do relâmpago risca o tecido da noite
enquanto dormem as criaturas de boa sina
cavalgo enluarado no improviso da palavra
numes e nomes cativos na doação do verso
pulso incondicional na metástase do tempo

13 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Versos mais do que enluarados, meu querido amigo Assis, grande poeta!
Lindos demais!
Abraço apertado.

AC disse...

Há um tempo em que constatamos que a maioria das cavalgadas são em vão. Mas, quando estamos nelas, fazem todo o sentido.
Sempre inspirado, Assis!

Abraço

Celso Mendes disse...

o tempo e suas metástase obrigam o cavalgar. melhor que seja enluarado no improviso da palavra!

abraço!

.maria. disse...

que ritmo perfeito. lindo, lindo.

dade amorim disse...

Enluarado mesmo, Assis. E me impressiona essa metástase do tempo, que se estende sempre mais e mais em busca dos 1001.

Beijo.

Unknown disse...

A lua nem ousa aparecer diante desses versos.

Beijo, poeta!

Mirze

Fred Caju disse...

Me veio à memória a primeira estrofe de um velho poema: http://fredcaju.blogspot.com/2010/05/na-sua-ausencia.html

Eder disse...

Crinas do peito... Quem toma, doma.

Anônimo disse...

Cavaleiro das palavras, cavalgando enluarado vai deixando seu rastro de puro brilho a iluminar as noites dos que te leem.

Beijos, Assis!

Bípede Falante disse...

Que dor adoecer o tempo...
beijoss

Ingrid disse...

divides teu dom e tua luz..
beijos querido e obrigada sempre pelo teu carinho no Perfumes

Cris de Souza disse...

não é todo dia que se ouve um corcel enluarado...

Rejane Martins disse...

...em vãos de sela fosse porque nenhuma condicional prende.