terça-feira, 4 de outubro de 2011

726 - dicionário mínimo para entornar alvoroços

V

Receio o desaparecimento do incomum
Agora que tudo passou a ser simulacro
Eu que me eduquei para tanger trovoadas

Contento-me a espreitar barrancas do rio
Esperar que o rito das águas se cumpra
Lamber a vertigem que me corta os cílios

10 comentários:

Everson Russo disse...

E quantos sonhos e idéias navegam nesse incessante rito das águas...abraços de bom dia pra ti amigo.

Andrea de Godoy Neto disse...

o incomum é cada vez mais incomum... exceto para ti, que sabe tanger trovoadas
(que coisa mais linda isso de tanger trovoadas!!)

beijo, poeta Assis!

Celso Mendes disse...

no tanger das trovoadas se faz mais uma trova no incomum desaparecimento da mesmice que se lê por aí afora, sem desmerecimento a ninguém, mas com pleno merecimento a quem aqui faz poesia de verdade.

abraço.

Sandra Gonçalves disse...

E que sejam trovoadas anunciando uma chuva de prosperidade.
Bjos achocolatados

Lau Milesi disse...

Poeta Assis, faço das palavras do seu leitor Celso Mendes as minhas.
..."lamber a vertigem que me corta os os cílios" , fala sério, que coisa mais linda. Só esse verso é outro poema.:)

Um abraço e meus aplausos de sempre.

Unknown disse...

O incomum é sempre belo!

Beijo

Mirze

dade amorim disse...

O incomum nunca será substituído pelo simulacro.
Beijo, Assis.

Jorge Pimenta disse...

haverá alvoroço maior do que a aceitação tácita daquilo que se nos torna banal, comum e inexpressivo? josé gomes ferreira anuncia ser capaz de perder tudo menos a capacidade de se surpreender.
um forte abraço, poeta!

Cris de Souza disse...

o incomum não passa despercebido pelos meus cílios...


Jamé!!!

Ingrid disse...

um olhar aguçado o teu Assis.
beijo