há em tua terra esta áspera cobiça
que a pele enseja pasto de alvíssara
o atormentado e tenro bem-me-quer
que sobressai pela saliente saliva
dos teus líquidos quando se avista
esses mistérios que denotam sina
outros muros que a voz não declina
hão de crescer visgos nesta colina
se a mão enseja mas não se efetiva
queixume de se mover em linha fina
roncam tímpanos em surdo alvoroço
cai o pano arisca onde se fixa a tinta
12 comentários:
acho que ouvi o farfalhar de ondas...
Beijinho, poeta Assis!
Que versos tão ariscos... "se a mão enseja mas não se efetiva..."
Gostei muito!
Beijo.
Versos "alexandrinos" feitos por ASSIS, o poeta que torce para crescer visgos na voz que não declina!
Bravo, poeta!
AMEI!
Beijo
Mirze
teu poema, rarefação de substância sólida em tons de calêndula a sobrenadar em flor, d'água.
E que essa tinta se fixe na magia das cores do sentir e do olhar...boa semana pra ti...abraços.
Que poema lindo. Um presente para o último domingo do mês.
Um abraço
Roberto
arco-íris de palavras sobre uma terra do seu chão.
adorei o poema :)
beijoss
Ei, Assis,
entre cantos, ímpeto, missiva e poemas
a cada corrida novos suores e um silêncio para sossegar a alma e
a brisa que esfria o amor suado
o desassossego, palavras de um frescor fazendo ecos, mas o tempo castiga a pele e a terra se ao abandono deixadas, porém misteriosos são os líquidos que derramam e fazem crescer visgos nas colinas.
e êta! 752
beijinhos
Poema arisco...bonito demais esse verso da mão que enseja mas não se efetiva...
Bj, bj
Momento mais que criativo, Assis.
Não estou acompanhando Teu ritmo criativo, meu caro.
Maravilhoso!
Assim chegarás fácinho nos 1001.
bjs
Rossana
Assis,
calou fundo..
reler e amanhã penso que quando for reler me vai mais..
beijos querido..
Poderoso poema ao som do mar.
Beijo.
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