domingo, 13 de novembro de 2011

766 - poema de estertor, foice e laminas iluminadas

tudo faz ausência no silencio que fito
aqui e ali regozijam-se as memórias
sou o ser que perambula na sombra
um fotograma sépia à procura de luz
um retardo no projétil engatilhado
dói-me o desatino de tantas palavras
queria antes o súbito som, a explosão
a face envidraçada de atônitos rostos
o gume afiado no olhar do transeunte
tudo faz ausência nos ossos cansados

10 comentários:

Rejane Martins disse...

_____este_teu_poema_____papel_especial_laminando_faces_de_folhas_de_transparência_única_____linha_que_fita_____

Celso Mendes disse...

são nos momentos de silêncio e sombra que mais doem as ausências.

excelente poema.

abraço.

Everson Russo disse...

Os momentos de silêncio também são reflexão da alma..abraços.

Joelma B. disse...

Poema para espantar o cansaço da voz..

Beijinho de fã, poeta Assis!

Oria Allyahan disse...

"não sei de onde vem
essa predileção pela palavra
silêncio (...)
essa predileção, não sei, pela palavra
que persiste - ecoa
e silencio" (Rubens A. P.)

Belo poeta, poema rs.

Abraços e obrigada pela visita!

O.A.

^^

Luiza Maciel Nogueira disse...

belíssimo Assis, "tdo faz asência nos ossos cansados", essa luz de lampião qe ilumina cantos escuros, versos em desatinos! Fiqei tão feliz com o livro, obrigada!

beijos

Ribeiro Pedreira disse...

o silêncio é um ambiente seguro
ninguém passa por ele sem ser despercebido. o silêncio abre caminhos...

Ingrid disse...

uma quase morte..
beijos Assis..

Unknown disse...

Tudo é ausência e silêncio, principalmente quando há o regozijo das memórias.

Perfeito!

Beijo

Mirze

Andrea de Godoy Neto disse...

deste silêncio eu também entendo, e das lâminas afiadas que o cortam...

beijo poeta!