Açoita-me a memória os lugares que nunca estive
A foz do rio Estige, as cerdas da Esfinge, a efígie
Corrói-me horda, cordas em acordes subterrâneos
Desconcerto de horta, abrolhos, deleitar ambrosia
Sopro de pátina sobre o céu acinzelado de nuvem
Perpétuo decoro que evoca silente silvo da sílaba
13 comentários:
Um manjar poético, Assis...Degustei cada palavra, ca da verso.
Beijos,
As reminiscências do infinito, agora sibilam silentes.
Belo canto!
Beijo
Mirze
açoita-me as memórias das vozes que não ouvi quando podia...
Beijinho, poeta Assis!
Lugares que nunca estive e que mesmo assim me trazem lembranças...abraços de bom sábado.
os açoites da memória é das mais belas imagens que li, assis. ainda para mais, a propósito desta caminhada pela caverna neoplatónica da ascese poética. o céu plúmbeo é dela sempre consequência menor.
um abraço!
as memórias vividas e não vividas evocadas no silente silvo da sílaba.
belo.
abraço.
Este recordar o não vivido, como dói as vezes...
Forte abraço, Assis.
Sublime é esta sua escrita: uma tela, uma lira...
Beijo meu
Uma degustação completa de palavras...
Um beijo, poeta.
harmonias simples sempre..
só tuas..
beijos...
E assim voltei a essa bendita maratona poética.
Beijo, Assis.
fiquei neste verso
"Perpétuo decoro que evoca silente silvo da sílaba"
será que há compostura no assobio das serpentes? :)
beijos
eu acredito na proximidade, na infinitude do aqui-e-agora, Assis, e no amor sem sofrimento, numa espécie de choro alegre.
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