sábado, 19 de novembro de 2011

772 - Canto para exarar reminiscências do infinito

Açoita-me a memória os lugares que nunca estive
A foz do rio Estige, as cerdas da Esfinge, a efígie

Corrói-me horda, cordas em acordes subterrâneos
Desconcerto de horta, abrolhos, deleitar ambrosia

Sopro de pátina sobre o céu acinzelado de nuvem
Perpétuo decoro que evoca silente silvo da sílaba

13 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Um manjar poético, Assis...Degustei cada palavra, ca da verso.

Beijos,

Unknown disse...

As reminiscências do infinito, agora sibilam silentes.

Belo canto!

Beijo

Mirze

Joelma B. disse...

açoita-me as memórias das vozes que não ouvi quando podia...

Beijinho, poeta Assis!

Everson Russo disse...

Lugares que nunca estive e que mesmo assim me trazem lembranças...abraços de bom sábado.

Jorge Pimenta disse...

os açoites da memória é das mais belas imagens que li, assis. ainda para mais, a propósito desta caminhada pela caverna neoplatónica da ascese poética. o céu plúmbeo é dela sempre consequência menor.
um abraço!

Celso Mendes disse...

as memórias vividas e não vividas evocadas no silente silvo da sílaba.

belo.

abraço.

Dario B. disse...

Este recordar o não vivido, como dói as vezes...

Forte abraço, Assis.

Lídia Borges disse...

Sublime é esta sua escrita: uma tela, uma lira...

Beijo meu

Teté M. Jorge disse...

Uma degustação completa de palavras...

Um beijo, poeta.

Ingrid disse...

harmonias simples sempre..
só tuas..
beijos...

dade amorim disse...

E assim voltei a essa bendita maratona poética.

Beijo, Assis.

Vais disse...

fiquei neste verso
"Perpétuo decoro que evoca silente silvo da sílaba"

será que há compostura no assobio das serpentes? :)

beijos

Rejane Martins disse...

eu acredito na proximidade, na infinitude do aqui-e-agora, Assis, e no amor sem sofrimento, numa espécie de choro alegre.