No desassossego da manhã
Recolho os cristais da pele
Recolho a virgindade do ar
Respiro nele teus vestígios
Sou a solidão no teu espírito
Parte desabitada desses nós
O rio que não flui da tua foz
O silêncio plácido da tua voz
Dos quereres que não fostes
Me ficaste o imã de um visgo
Fio na carne que não sangra
O gozo de mácula da paixão
2 comentários:
o imã, o homem, o hímem.
Belíssimo!
sinestésico.
Abraços.
Adoro essa palavra: desassossego. E ainda não a usei, em poesia.
Ah, a solidão, a virgindade, o visgo. Ah, os teus poemas: ainda bem que ainda "estamos" no 55...
Um beijo.
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