sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

67 - melancias cortadas

Para uso e pasto das cores
A natureza é morta e jazz
Vela o que quero e à vera
Pode ser méxico, a riviera

Frito os calos de toda a dor
Falo solitário em dois amores
Faço parir o riso embevecido
Na penumbra curro a saudade

3 comentários:

nina rizzi disse...

uau, Assis, essa dubiedade me corrói...

um cheiro.

Gerana Damulakis disse...

Está forte. Palavras estranhas (tais como, o verbo "fritar", "currar") ao que se costuma chamar de poético e, no entanto, fixaram-se bastante bem no poema.

Sueli Maia (Mai) disse...

o narcisismo M A R A V I L H O S A M E N T E poemado. Caramba, Assis fiquei de qu4tro...
O jazz, o falo...
Mas a Frida, aqui, eu juro, me calo.

Cheiros, aplausos, sorrisos.
(só prá sair do dual)
Genial!
e , óbvio,
ÚNICO.