O rio consome a água
Como a veia consome o sangue
Como o sertão consome a enxada
Como a vida consome o dia
A resma consome a folha
Como o enxame consome a abelha
Como a tribo consome o índio
Como o cardume consome o peixe
O vento consome o sopro
Como a ilha consome o mar
Como o fogo consome a água
Como o amor consome a dor
A palavra consome o verso
Como a rima consome a estrofe
Como a língua consome o verbo
Como o espírito consome o corpo
Pouco a pouco
Pouco a pouco
4 comentários:
Retribuindo a visita ao Leitora, aproveito para passear por seu blog, seus poemas.
O conto de Hélio ao qual vc se refere é um grande conto realmente: Mar de Azov.
Voltarei.
Muito bom, meu caro, Versos precisos. Em tempo: 'A comilança' foi dirigido por Marco Ferreri. Um abraço.
Além de bem feito, é divertido...lê-se com um riso ao ver coisas simples colocadas de forma agradável e diferente...
Abraço,
Rafael
São coletivos singulares onde o coletivo é antropofágico.
Abraços.
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