soluçava um querer completo
jamais permitido a um amante
feito a réstia d’alguma estrela
do lúdico fervor a se aprisionar
intensamente ansiava a vinda
e intentava o rosto para mirar
entre as tranças da sua elegia
despia as horas para enxergar
então o deus de fogo e desejo
deu-lhe invento de um espelho
e tão mágica proeza que enfim
contemplou o arrepio que viria
de súbito ficou intensa a certeza
que da aurora em si era rogada
nesse pasmo de espera infinda
2 comentários:
uma espera infinda...
é... na mesma.
um cheiro :)
Lembrança, ternura antiga.
Réstia do céu no chão. Existir, apenas.
Bem nostálgico, Assis. Mas, infelizmente, mais comum do que supomos...
'...Ah! bruta flor do querer...'
Cheiro e um feliz tudo.
P.S.
Tô te lendo no supermercado.
Muito bom...
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