quarta-feira, 2 de junho de 2010

233 - Canção de entreter girassóis

Deste mundo que não me tenho
Porque não me pertencem as auroras
Queria te oferecer umas prendas doces

Um pequeno travesseiro de assombros
Para que repousasses
No desassossego da palavra

E quando acordasses tardezinha
No sol alto de uma manhã infinda
Te fizessem festa nos olhos cansados
Meu espanto de menino e esta rubra cantata

21 comentários:

Everson Russo disse...

Belissima canção em palavras frageis de amor...abraços amigo e um belo dia pra ti.

Luiza Maciel Nogueira disse...

"festa nos olhos" mais uma das suas composições poéticas que nos tiram o fôlego :)

beijos

Sueli Maia (Mai) disse...

Poemagia de tirar fôlego, girar sol e entreter girassóis. Lindo e sonoro. cheiros em amarelo

Jorge Pimenta disse...

"Um pequeno travesseiro de assombros
Para que repousasses
No desassossego da palavra"

consegues sintetizar em três versos, apenas, o santo graal da poesia: ser capaz de repousar no desassossego da palavra. é este o combate vital que se oferece aos poetas: viver na palavra, mesmo sabendo que por isso jamais encontrarão a serenidade. contradição? antítese? oxímoro? ou apenas a assunção tácita de uma complementaridade tão natural que, num primeiro olhar, soe a incompatibilidade?...
um abraço, poeta!

Vanessa Souza disse...

Um pequeno travesseiro de assombros

Onde encomendo um? :)

Tania regina Contreiras disse...

Canção de entreter girassóis é de uma poesia terna, adorável! O poema fez festa nos meus olhos de hoje, cansados...

Abraços, Assis..
Tânia

Isabella Nucci disse...

"Deste mundo que não me tenho
Porque não me pertencem as auroras
Queria te oferecer umas prendas doces"
poema amoroso e também uma miragem para meus olhos!

Anônimo disse...

As tulipas e os copos-de-leite também entraram na dança, e quaisquer outros seres que passem e se digam flor.

Lindo!

=)

Lou Vilela disse...

Girassóis, auroras, assombros, desassosego da palavra, espanto, rubra cantata... - termos que me tocam a alma. Seu poema me deixou silente, contemplativa...

Beijos

nydia bonetti disse...

Vi girassóis em festa por aqui. encantador de flores, você. :) abraço!

jad disse...

Boa tarde, Poeta.

Este poema é de uma superlativa beleza metafórica. É, todos o sabemos, a metáfora que dá vida e sentido ao poema. E aqui moram muito bem cuidadas. E a gente sente-se bem.

Parabéns.
Damas

dade amorim disse...

Uma delícia, Assis - oferecer o que o mundo tem de melhor a alguém que se ama.

Beijo

Unknown disse...

Oferecer uma cantata dessa....derruba qualquer alma, possuindo ou não as auroras!

Belíssimo!

Parabéns, Assis!

Beijos

Mirze

.maria. disse...

sua poesia é tão atemporal, que seria gde em qqer momento q nascesse. isso é pra poucos.
bjos.

Andrea de Godoy Neto disse...

assis, o desassossego das palavras eu bem conheço, vontade própria têm as danadas

mas hoje, hoje vou dormir com esse "travesseiro de assombros" que arrebatou minhas vontades

um abraço

lírica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lírica disse...

Que lindo Assis, uma beleza!
bj

M.C.L.M disse...

"Um pequeno travesseiro de assombros
Para que repousasses
No desassossego da palavra..."

Que coisa mais linda de se ler...
Respirar toda ela, poesia do teu canto, me faz bem!

abraços...

Gerana Damulakis disse...

Que dizer de um poema cujo título é "Canção de entreter gisrassóis"? Lindo!

Gerana Damulakis disse...

Leia "girassóis".

José Carlos Brandão disse...

Só o título já vale por um poema. Mas o poema se realiza bem por si. Aprovado.