sábado, 18 de setembro de 2010

341 - balada para o inventor da solidão

imagina que todas as coisas estão postas
que as interrogações se foram, agora,
como esta maresia que avassala os talheres

vamos nos fartar neste banquete
vamos nos servir com todas as mesuras
primeiro tu me passas a faca e eu corto
e ficamos assim, eu agonizo e tu sorris
depois será a minha vez

27 comentários:

Lou Vilela disse...

Imagens fortes!

Beijos

Luiza Maciel Nogueira disse...

fortíssimas, concordo com Lou!

a imaginação é um caminho para uma solidão autêntica :)

Beijos!

Marcantonio disse...

Ah, o que restaria se todas as interrogações se fossem (inclusive esta)? Talvez a vida pura e simples transcorrendo como sangue, sem tempo. Sem o sentimento da solidão, sem a percepção da falta, sem vãos.

O belo título me lembrou Gullar.

Abração!

Everson Russo disse...

Palavras frotes,,,a solidão nos leva mesmo a isso,,,um sarcasmo...abraços de bom sabado.

Fred Caju disse...

Enquanto uma agoniza, outro ri. Acontece diariamente sem nos tocarmos.

Zélia Guardiano disse...

Lindíssima balada, meu querido Assis!
Ah, vida, eterno agonizar-sorrir-agonizar...
Adorei!!!
Abraço

Ribeiro Pedreira disse...

a solidão é um banquete de reflexões.

Bípede Falante disse...

Assis, que delícia !!!

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Assis,
Tanto já disseram da solidão, tu a resumiste nesse banquete à mesa dos meses, poeta...
Fartei-me, ò de Ondina...

Abraço desfaminto,
Pedro Ramúcio.

Lau Milesi disse...

Um banquete de mil talheres...Que "chef" poético, doador e romântico!
Ou seria um luau,quem sabe,embalado pela poesia e a maresia. Uma interrogação a mais.
Que coisa, Assis, nem sei como comentar. Só sei que adorei. Muito bonito.
Parabéns!!
Beijo

Oria Allyahan disse...

Dói, mas eh bem assim...

Lembrei-me dos contos cruéis de Machado de Assis...

^^

Ingrid disse...

amo te ler Assis!.. amo, amo, e amo.. um beijo.

Vanessa Souza disse...

Reciprocidade, sempre.

Anônimo disse...

Uau! Que criativo, Assis!

Beijo.

nina rizzi disse...

eu gosto de troca-troca. hoje, por exemplo, troco poemas contigo, digo, ellenizo.

beijos.

lula eurico disse...

Baladas, canções, improvisos.
Eis aqui um virtuose.
A caminho das mil e uma pérolas.

Abraço fraterno.

Gerana Damulakis disse...

Olhe, Assis, este poema é simplesmente genial. Vou salvar agora.

Unknown disse...

ASSIS!

É muito imaginar todas as coisas postas. É pouco, se estas coisas estiverem à tua espera!

Belíssimo!

Beijos, poeta!

Mirze

Anônimo disse...

Muito bonito Assis, se diz muito sobre a solidão. E ela em si, é um mar de pensamentos e reflexões todos diminuídos. Reduzidos a nada, nestesentir de ser sozinho. Um beijo.

blogge disse...

Simplesmente,PERFEITO!

Úrsula Avner disse...

Olá meu querido autor,

um arranjo de palavras em versos onde a poesia grita e reverbera dentro da gente... Bj.

Moisés de Carvalho disse...

lembrei-me de JORGE LUIS BORGES no diálogo com macedonio rodrigues.

voce se lembra de quantas vezes voce morreu naquela noite ?

um grande abraço !
sempre é otimo passar por aqui!

Eder disse...

A solidão banqueteia-se nessas vidas virtuais, em que nos resta a_penas as (melan)cólicas confissões de outros solitários..

Lindo, Assis!
Um dos melhores, sem dúvida!

ítalo puccini disse...

baita poema! daqueles que socam.

parabéns.

abraços.

José Leite disse...

Há banquetes inesqueciveis...

Sueli Maia (Mai) disse...

Emblemático! Retumbante este monólogo de talheres e o tilintar da inoxidável solidão.

Perfeito!

outros cheiros

Daniela Delias disse...

Ainda ando em lenta conexão por aqui...hoje pude passar e e me reencontrar com os teus poemas...todos lindos, mas essa balada é maravilhosa! Muitos beijos!