Atroz a madrugada consome os passantes
Invade com a brisa pormenores dos amantes
Ateia o fogo das marés pelas avenidas
Mas apazigua os bêbados, consola as meretrizes
Afaga desvalidos que se enfileiram sob marquises
Dá crença aos enfermos de uma nova alvorada
A madrugada excita a caricatura torta dos becos
Faz do canto sem resposta a secreta linguagem
Que escorre pelo bordel interminável do poema
21 comentários:
A madrugada é plena, nela as limites se ampliam e muitos têm coragem de serem eles mesmos.
Abração
A madrugada tem seus segredos,,,misterios,,,mas tambem tem suas respostas ao que necessitamos em solidão...abraços de bom final de semana.
inspiração plena entre o fim da noite e o raiar do dia.
madrugadas são alentos e ausências.
Belíssimo, poeta. A linguagem da madrugada costuma ser silenciosa com a do olhar.Na minha opinião, a mais bela.
Eu acabo querendo fazer poesia aqui de tanto sentir/ver seu talento.:)
Beijo
Notívagos segredos, seus sons e seus cheiros. Um Blues que inunda a cidade em plena madrugada, para que faças o teu poema de manhã.
Belo e nostálgico.
cheiro
A Poesia respira diferente
quando se faz a sombra
da madrugada
pelos cantos.
Forte abraço,
camarada Assis.
Lindo, Assis!
Com o peso e a leveza colocados, cada um, num prato da balança...
Abraço!
Sem muitas palavras... prefiro que me calem as tuas... lindo... lindo e envolvente poema... como a luz da lua cobrindo os homens...
Beijokas, Assis e obrigada por esse momento...
Linda madrugada, aos olhos de Assis. Percorri cada canto das ruas, com teu belo show de imagens. Me envolve este lugar. Bom fim de semana pra ti querido Assis.
Eh... pobre daqueles que simplesmente dormem...
Só quem sente a madrugada (e há diversas formas de fazê-lo) sabe o muito que ela nos tem a dizer!
^^
linguagem apaixonada pela vida!
beijos
neste meu meio regresso, amigo assis,falas no bordel do poema; eu delirei sobre ejaculações mecânicas sobre ventres estéreis onde a poesia mais não é que invenção quase útil dos homens :)
um abraço!
neste meu meio regresso, amigo assis,falas no bordel do poema; eu delirei sobre ejaculações mecânicas sobre ventres estéreis onde a poesia mais não é que invenção quase útil dos homens :)
um abraço!
Assis, mas essa madrugada é mesmo uma danada, e esse poeta, mais ainda :)
bj.
Meu querido e admirado poeta...
Mais uma vez, postei palavras suas em meu blog branco...
Beijokas.
http://empoucaspalavrasalheias.blogspot.com/
Gostei muito, senti a madrugada.
Olá poeta, belo poema com lindas imagens poéticas... caricatura torta dos becos... bordel interminável do poema... tudo bem afinado com o tema em versos meticulosos. Um abraço.
mais uma vez a perfeição nas imagens a visualizar pelas suas palavras. Os calores da madrugada!..
obrigada pelo carinho da visita.
um beijo e bom final de semana.
Versos insones...
Na madrugada tudo se agiganta.
Essa linguagem secreta e fecunda da madrugada.
"Escorre pelo bordel do poema!"
Pela madrugada! DEMAIS!
Beijos
Mirze
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