Neste blog (serão) foram escritos 1001 poemas e mais alguns.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
578 - metapoema para o silencio que arde na nuvem
sinto-me tomado de orvalho
quando vislumbro
o que os olhos já não veem
e nesse naufrágio de nuvem
sem porto nem cais
vagam-me em reticencias
a vidraça e a paisagem
a fina íris de melancolia
para qual se debruçam
meus pés ensimesmados
Teu lirismo é de embotar os olhos, traz mais beleza pra dentro da gente... Melhor que os olhos que vêem querido, é o coração que sente, e esse naufragio de nuvem, sem porto nem cais , conheço bem.
Assis, dá para mim esse naufrágio. As minhas nuvens estão presas ao céu por um fio como se fossem balões e guardam ainda gotas por temerem mais a um Titanic que a um iceberg. Deixa eu levar lá para a minha casa, para a parede da minha sala, onde sento mais calada que falante com a minha bipedice? Deixa? beijo. BF
o orvalho das madrugadas que ao amanhecer sob o calor do sol nascente evaporam e sobem, sobem e se juntam às outras gotículas que depois à força descem e descem ou são levadas pela imensidão celeste ao sabor dos ventos e ventanias
mas bem acima das condensações existe algo que só lá pra se ver
21 comentários:
nuvem de poesia, em si mesma do céu.
Que essa nuvem de poesia traga o orvalho da paz,,,da serenidade,,,do amor sempre,,,abraços de boa semana.
Figuras de um lirismo arrebatador.
Poesia pura!
Abraço de um grande admirador...
Um caleidoscópio revirado de sentimentos...
Lindo poema, Assis!
Beijo.
Tem razão, silêncio arde (em qualquer lugar);
Fantástico, o poema...
Abraço!
A melancolia em teus versos assume de vez o seu lirismo...
Bjos, doce amigo.
ASSIS!
Essa fina íris da melancolia , está divinal!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
sinto-me tomada por tua lira...
beijo, mestre!
videopoema
entre orvalho e olhares de metapupila, o poema diz-se a si mesmo. só ao alcance de alguns, obviamente.
um abraço, assis!
Teu lirismo é de embotar os olhos, traz mais beleza pra dentro da gente...
Melhor que os olhos que vêem querido, é o coração que sente, e esse naufragio de nuvem, sem porto nem cais , conheço bem.
Lindo demais...
Bjo
Erikah
Assis, dá para mim esse naufrágio. As minhas nuvens estão presas ao céu por um fio como se fossem balões e guardam ainda gotas por temerem mais a um Titanic que a um iceberg. Deixa eu levar lá para a minha casa, para a parede da minha sala, onde sento mais calada que falante com a minha bipedice? Deixa?
beijo.
BF
lindo orvalho, singelo que atravessa pelos olhos e expressa essa beleza em versos
beijos
"sinto-me tomado de orvalho"
Fico presa na melancolia do verso
enquanto o "silêncio arde na nuvem".
As imagens são nítidas pela fina depuração da palavra.
Um beijo
Você trabalha tão bem as palavras que dá uma invejinha boa na gente.
Beijo.
vislumbrar o que os olhos já não veem é algo destinado somente a pessoas sensíveis, especiais, poetas é claro!
Um abraço.
fincando raízes. queiramos ou não.
belíssimo poema!
grande abraço
Essa desilusão, ou desistência, que escapa entre os dedos, parece não afetar o ser, que apesar,arde.
o orvalho das madrugadas que ao amanhecer sob o calor do sol nascente evaporam e sobem, sobem
e se juntam às outras gotículas que depois à força descem e descem
ou são levadas pela imensidão celeste ao sabor dos ventos e ventanias
mas bem acima das condensações existe algo que só lá pra se ver
beijo, Assis
"Meus pés ensimesmados"...
Você sempre metendo as mãos pela poesia, Assis...
Abraço eu-fórico,
Pedro Ramúcio.
os olhos do silencio..
vislumbrar muito mais..
beijo poeta..
Postar um comentário