sexta-feira, 13 de maio de 2011

582 - Poema do mais repetido clamor da sexta-feira

Minhas temporas doem às sextas-feiras
Inflamam-se e desatinam
Minhas temporas se lembram do teu olhar
Aquele que me empregavas
Quando chegavas submissa ao desejo
E tua respiração arquejava no ventre
Minhas temporas doem às sextas-feiras

Creio que eu era feliz com os sobressaltos
Com as peripécias de tuas idas e vindas
Mas estavas para mim às sextas-feiras
E os músculos reagiam com alegria

Minhas temporas doem às sextas-feiras
Repetidamente, intermitentemente
Mesmo que outros frutos se ofereçam
Num repasto macio de carnes latejantes
Minhas temporas queimam às sextas-feiras

13 comentários:

Bípede Falante disse...

Viva essa guerra do fogo!!! :)

Luiza Maciel Nogueira disse...

sexta-feira 13 e essa dor de tempora, peripécias poéticas

bjs

Unknown disse...

Sexta-feira é sempre uma véspera de algum espaço largo e perigoso.

É quando a manhã mais bela nada promete. É um dia com ar de despedida!

Perfeito e lindo poema!

Beijos ASSIS!

Nosso poeta MIL!

Mirze

Everson Russo disse...

A sexta feira traz em si uma magia,,,de tudo que nos aguarda...abraços de bom final de semana.

dade amorim disse...

Têmporas que doem por justa causa.

Beijo

Wanderley Elian Lima disse...

Olá poeta
Nos habituamos a tudo, principalmente às coisas boas. Esquecer hábitos é muito difícil.
Abraço

Joelma B. disse...

Sexta-feira sempre me trouxe alívio, mesmo que ilusório...

Beijinho, poeta Assis!

Lívia Azzi disse...

Até o blogger clama às sextas-feiras!

;-)

Eder disse...

Minha temporas doem é às segunda rsrs

Jorge Pimenta disse...

a inquietação é o fruto do éden. pobres aqueles que se esquecem de morder...
um abraço!

Ingrid disse...

a dor e o prazer.. sempre..
beijos Assis.

Domingos Barroso disse...

enquanto as têmporas ardem
o coração aperta-se?
...

forte abraço,
irmão Assis.

(e que o repasto
seja suculento
e te amanse
a alma)

Unknown disse...

E vim, li e gostei! Vou levá-lo comigo!