domingo, 29 de maio de 2011

598 - Outra balada de pedra, rio e correnteza

Fui teu gentil até perceber as incoerências
Que me traziam agravo nos passos
E as reticências na crina do olhar
Até perceber as ondulações na planície
E a insolúvel intempérie dos gestos
Declino pois de tuas mesuras e temperos
Dos cheiros que ensandeciam a pele
Cultivo só os cataclismos das rugas
Lâmina que me rasga espelho e face

13 comentários:

Adriana Godoy disse...

Assis, bom te ler e experimentar cataclismos em mim. Beleza! beijo

Everson Russo disse...

Forte e intenso,,,abraços de boa semana.

AC disse...

Ao poeta tudo se lhe permite, desde que liberto de amarras...

Abraço

Ingrid disse...

uau!.. pura insanidade a correr nas veias..
beijo poeta querido..

Bípede Falante disse...

Sinto um perfume de ira, que, apesar de me dar calafrios, também me fascina.
beijos

Eder disse...

O poema pulsa, pinga e pipoca.
Belo, toda gentileza tem os limites da incoerência.

Abraço!

Unknown disse...

Maravilhoso!

Embora muito rigoroso!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Daniela Delias disse...

És nosso gentil, até quando declina...coisa linda, meu caro ;)

Quintal de Om disse...

Aqueito-me em observar seu germinar.

Meu carinho, Assis.
Samara Bassi

Úrsula Avner disse...

ricas e lindas imagens poéticas como de costume... Bj poeta.

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

esse gentil que finda junto com o eselho a nos mostrar o rasgo na face

dade amorim disse...

Não dá para evitar a correnteza.]

Beijo pra você

Unknown disse...

"Lâmina que me rasga espelho e face".

Sem mais palavras.
Abraço.