quarta-feira, 7 de julho de 2010

268 - Fuga para clarinete e alvoroço


Acho que o sabor fez travo neste resto de sofreguidão
As intempéries do desejo se vingaram em calmaria
Procuro espelhos para morrer em lenta fotografia
Tu sabes bem que há tempos a carne lateja
e dói

14 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

dor no verso. esse até doeu. beliscões e machadadas, mas teus versos Assis superam toda violência em beleza. bjs.

líria porto disse...

mui bueno - eu só faria uma pequena mudança:

"tu sabes bem que há tempos a carne lateja

e dói"

besos

Zélia Guardiano disse...

Ai, Assis
E eu quero, já, fuga do espelho [na minha idade, vilão...] rsrs...
Mas você é mesmo um craque!
Enorme abraço, amigo!

Everson Russo disse...

A carne lateja pedindo prazer,,,abraços de bom dia.

nina rizzi disse...

sim, sabemos, há tempos.
que beleza, meu querido.
beijos. cheiros.

Tania regina Contreiras disse...

"As intempéries do desejo se vingaram em calmaria...". Sim, entendo essa vingança, Assis...
Abraços,
Tânia

Unknown disse...

Assis, maravilhoso!

Vou procurar um espelho.

Beijos

Mirze

Ribeiro Pedreira disse...

a dor latejante do desejo reprimido
como uma fotografia

Anônimo disse...

"Procuro espelhos para morrer em lenta fotografia"

Ai ai...

Beijo.

Endim Mawess disse...

tive que ler devagar e duas (ou três vezes) pra ter certeza que gostei e a carne do cerebro latejou

Gerana Damulakis disse...

Verso mais que especial: "Procuro espelhos para morrer em lenta fotografia".

Jorge Pimenta disse...

há tempos que a carne lateja, dói, arranha, morde, torce, esmaga, fere, sangra... e morre. é, afinal, apenas carne. nem do espelho precisamos para sabermos quem somos...
um abraço, poeta!

dade amorim disse...

Sempre uma delícia ler seus poemas, agora também lúdicos.

Beijo!

Sueli Maia (Mai) disse...

Cica de cajú no olhar e na língua do guri.

um abraço e um sorriso